Dermatologista, é membro efetivo e diretora científica da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (RJ), coordenadora m...
iA cada dia surgem novidades e modismo no universo dos tratamentos para os cabelos. Porém, para tudo é preciso estar bem informado e atento para saber o que realmente traz benefícios e o que pode ser prejudicial. Dentre tantas, mais uma invade a estética dos fios: a lavagem reversa.
Mas, afinal, do que se trata esta técnica? Na verdade o método não é propriamente novo e já vem sendo incorporado há um certo tempo. Também chamada de pré-poo, processo usado quando o condicionador é aplicado antes do shampoo na hora da higienização, a lavagem reversa, portanto, nada mais é do que alterar esse passo a passo da limpeza dos cabelos. Ou seja, modificar a ordem convencional no modo de se lavar os fios.
Logo, nesta lavagem se aplica primeiro o condicionador e depois o shampoo, tendo como proposta combater o aspecto pesado e oleoso causado pelos efeitos de condicionadores com fórmulas muito concentradas, sobretudo, nos cabelos finos.
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Aliás, a técnica é justamente indicada para aqueles que têm e desejam encorpar a textura de fios finíssimos, reduzir a oleosidade e, assim, ganhar cabelos mais volumosos. No entanto, o recomendado para quem adota o pré-poo e quer alcançar tais propósitos é usar shampoos e condicionadores específicos para este fim, isto é, cosméticos que não possuam em sua composição uma ação alta de hidratação, isto é, contenham menos óleo e elementos hidratantes.
É válido ressaltar que essa inversão na lavagem tradicional acarreta algumas consequências! Isto porque a função do shampoo é primeiramente higienizar os cabelos e o couro cabeludo e o condicionador fechar as cutículas e escamas dos fios e, também manter os nutrientes e, deste modo, evitar um aspecto ressecado.
Quando se faz essa alternância os cabelos ficam com as cutículas abertas, o que provoca ressecamento e ainda remove a camada natural de proteção. Por isso, a indicação da lavagem reversa é bem restrita, sendo feita somente para determinados tipos de cabelo, especialmente os que são bastante gordurosos e finos.
Outras indicações são pacientes com caspa e seborréia, entretanto estes casos precisam da avaliação prévia do médico tricologista. Porém, essa prática de lavagem não é para ser realizada diariamente, porque pode prejudicar consideravelmente a emoliência e umectação capilar, provocando até um resultado contrário, que é quando essas limpezas em demasia acabam por aumentar ainda mais a produção de óleo.
Isso acontece porque o organismo entende que devido há um grau elevado de ressecamento, os fios estão pedindo que o corpo produza mais gordura. É o conhecido efeito rebote, esse efeito também se dá muito no tecido cutâneo. Por isso, o ideal é que os dias sejam intercalados. E, lembrem-se, fios finos e oleosos necessitam evitar a água quente no banho.
Já pessoas com fios grossos, secos, cacheados e ondulados não devem optar de jeito nenhum pela lavagem reversa, pois irá motivar problemas já comuns e frequentes neles, como ressecamento, opacidade, frizz, excesso de volume entre outros.
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Obedecendo as recomendações citadas, os cabelos adequados para este tipo de lavagem devem seguir um passo a passo:
- Molhe os cabelos com água, preferencialmente, morna e depois aplique o condicionador apropriado e somente nas pontas
- Enxágue bem os fios, removendo todos os resíduos do condicionador
- Após essa etapa, passe o shampoo (quantidade aproximadamente equivalente a 1 moeda de real) na raiz do cabelo. Lave bem o couro cabeludo para retirar as impurezas, mas sem usar as unhas, porque agride a região e estimula as glândulas sebáceas. Massageie suavemente o escalpe e faça a limpeza na extensão dos fios com a própria espuma produzida na raiz. Enxágue completamente para não deixar nenhum resquício do produto
- Para aqueles que possuem raiz oleosa e pontas ressecadas é aconselhado aplicar, só nelas, um pouco de leave-in.