Médico cirurgião plástico formado pela conceituada escola da UFRJ, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plást...
iEscolher o período para realizar uma cirurgia plástica deve combinar com a época em que a dedicação possa ser a melhor possível, em relação a tempo e disponibilidade. E nesse quesito o inverno oferece as melhores condições físicas e sociais, para potencializar os resultados do procedimento cirúrgico.
Outro ponto de muito relevância é que na estação mais fria existe uma menor propensão a edemas. Em geral, no calor, a maioria das pessoas costuma apresentar mais inchaço. Além disso, com menos exposição solar no inverno, o restabelecimento no pós operatório de algumas intervenções é muito mais eficaz e satisfatório.
A cirurgia plástica inclui incisões, suturas, inchaços, hematomas, e outras situações que expõem que ocorreu um procedimento cirúrgico.Portanto, é mais fácil manter a discrição no inverno, isso por que é mais favorável por conta da maior quantidade de roupas que usamos comumente no inverno, deixando em segredo sinais de uma mamoplastia de aumento, lifting de mama, lipoaspiração ou abdominoplastia, por exemplo. Roupas como suéteres, casacos pesados, xales e lenços ajudam a esconder os sinais de mudança na silhueta, que será revelada com mais naturalidade no verão, depois de passado o tempo da cirurgia e do pós operatório.
Saiba mais: Saiba qual o melhor momento para tomar sol após a cirurgia plástica
No tempo mais frio do ano, para a lipoaspiração, a temperatura baixa facilita no uso da cinta compressora, pois debaixo da roupa de inverno, as malhas de compressão ficam mais escondidas. Já no verão, a cinta ajuda a esquentar o corpo por ser feita de material elástico e sintético, o que impede o uso de roupas curtas, sem manga ou minissaia.
Além disso, o suor aumenta as chances de uma contaminação da ferida cirúrgica, comprometendo a recuperação no pós operatório. No calor os vasos se dilatam mais, gerando maior inchaço, porque os líquidos extravasam para os locais tratados. Desta forma, o uso da cinta é mais confortável no inverno por que esse inchaço é minimizado com o frio.
De fato a demanda aumenta nessa época do ano, a procura pode ser cinco vezes maior, comparando com o verão. O intervalo existente até a chegada do verão é outro fator que leva muitas pessoas a procurarem os consultórios de cirurgiões plásticos. Os seis meses entre as duas estações se tornam um período ideal para a recuperação de uma cirurgia plástica. Esse período oferece mais segurança para o paciente se submeter a qualquer procedimento, seja corporal ou facial.
Outro fator importante, é que para as mamães, isso por que as férias escolares permitem um maior aproveitamento no tempo de recuperação. Além disso, as temperaturas mais amenas contribuem para deixar o pós operatório menos incômodo, sendo outra razão por que o inverno é mais escolhido pelos pacientes para se submeterem a um procedimento. O processo de cicatrização também é mais recomendado nessa época do ano. Quando chegar o verão, com seis meses de pós-operatório, a cicatriz já estará em perfeito estado de recuperação.
Saiba mais: Avanços da cirurgia plástica
Entretanto, é bom esclarecer que não existem cirurgias plásticas que só podem ser feitas no inverno. Não está estabelecido uma relação com a estação do ano e a realização de uma cirurgia plástica.
O tempo de realização do procedimento cirúrgico, deve ser sempre no momento mais propício de repouso e disponibilidade para o paciente. O que acontece em alguns casos é que durante o verão as pessoas querem aproveitar a praia, piscina e viajar. E essa exposição é totalmente proibida no pós cirúrgico. E muitas pessoas por questões socais não querem se afastar das atividades de lazer durante o verão. Vale destacar que essa restrição mais longa depende do tipo de cirurgia feita, porque em alguns casos a recuperação é mais rápida.
Seja no verão ou no inverno, nunca esquecer: cirurgia deve ser feita exclusivamente em centro cirúrgico. O local deve garantir segurança para o procedimento a ser realizado. Fatores como o porte cirúrgico, esterilização e a infraestrutura para solucionar possíveis complicações são fundamentais. Portanto, é preciso no mínimo ter equipamento anestésico adequado para esperar uma possível remoção para uma unidade hospitalar.