Conteúdo atualizado em 01/12/2020
A COVID-19, infecção causada pelo novo coronavírus, já atingiu mais de 60 milhões de casos confirmados no mundo em cerca de onze meses. No mesmo período, segundo a última atualização da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença também provocou mais de 1 milhão de mortes.
O vírus provoca uma espécie de pneumonia que, até então, não havia sido identificada em seres humanos - e que agora atingiu o estado de pandemia. Portanto, entender o que é e o que não é um sinal de coronavírus é vital neste momento, em que a demanda por cuidados médicos ainda é alta.
Além disso, por conta da similaridade com os sintomas da gripe e de outras doenças, é extremamente importante seguir as orientações dos órgãos oficiais de saúde para receber o diagnóstico correto. Veja abaixo quais são os sintomas da COVID-19 e conheça os sinais que apontam para outras condições de saúde.
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Sintomas do coronavírus
Os principais sintomas provocados pelo novo coronavírus são, de acordo com o Ministério da Saúde:
- Tosse
- Febre
- Coriza
- Dor de garganta
- Dificuldade para respirar
- Perda de olfato (anosmia)
- Alteração do paladar (ageusia)
- Distúrbios gastrintestinais (náusea / vômitos / diarreia)
- Cansaço (astenia)
- Diminuição do apetite (hiporexia)
- Dispneia (falta de ar)
Entre esses sintomas listados, alguns não costumam ser recorrentes em todos os pacientes que enfrentam a doença. Além disso, de acordo com João Prats, infectologista do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, há alguns sinais mais atípicos de COVID-19, que são:
- Dores abdominais (similares a quadros de apendicite e pedra na vesícula)
- Alteração na audição (zumbido)
- Alteração nos olhos (similar à conjuntivite)
- Alteração na pele com manchas ("dedos de COVID-19")
- Dor de cabeça e na nuca (similar à meningite)
- Calafrios
- Gânglios linfáticos aumentados
- Desidratação
Sintomas que não são de coronavírus
Em geral, a COVID-19 possui sintomas muito semelhantes aos da gripe comum e só pode ser diferenciada através de exames laboratoriais específicos. Por isso, é necessário ficar atento aos demais efeitos associados ao coronavírus para saber se você tem chance de estar contaminado com o vírus.
É importante lembrar também que, por ser uma doença sistêmica, que afeta diversos órgãos e tecidos ao mesmo tempo, a COVID-19 tem uma lista ampla e variada de sintomas. Desta forma, além dos sinais listados pelos órgãos oficiais de saúde, é preciso compreender algumas manifestações que NÃO foram indicadas como sintomas de coronavírus. Confira quais são:
Dificuldade de concentração
A dificuldade de concentração não é listada como um sintoma decorrente de coronavírus. Se estiver associada a náusea, ânsia de vômito e não houver coriza e congestão nasal, pode até mesmo indicar uma possível enxaqueca.
"Nos últimos meses de análise dos casos em tratamento para COVID-19 positivos e caracterizados como medianos ou graves, observamos raramente sequelas neurológicas da dificuldade de atenção. Dos 763 casos avaliados no Hospital HSANP, observamos apenas 10 casos com este sintoma", relata Milton Monteiro Jr., enfermeiro infectologista SCIH do HSANP.
Além disso, o profissional ressalta que, com o aumento de casos suspeitos de COVID-19, grande parte da população confunde a cefaleia de sinusite ou enxaqueca com a cefaleia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2. "Muitos relatos como mal estar ou fraqueza também estão sendo relacionados às dúvidas das pessoas, aumentando assim a procura nos prontos-socorros", conta.
Inchaços
O único tipo de inchaço eventualmente indicado em certos pacientes com o novo coronavírus foi aquele nos gânglios linfáticos, conhecido como íngua. Essa condição, geralmente, se apresenta nas áreas próximas ao pescoço, por conta de um efeito inflamatório causado por alguns tipos de vírus. No entanto, inchaço em outras partes do corpo, associados à retenção de líquido, não são sinais de coronavírus.
"Observamos também inchaço nos pacientes renais crônicos ou com maior dosagem de tratamento com corticóides, não sendo considerado uma sequela e, sim, uma consequência do tratamento", explica Milton.
Diagnóstico do coronavírus
O diagnóstico do novo coronavírus é realizado a partir de critérios clínicos. Os fatores que definem um quadro suspeito, de acordo com Ministério da Saúde, são:
1. Indivíduos com quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, que pode ou não estar presente na hora da consulta (podendo ser relatada ao profissional de saúde), o que é conhecido por Síndrome Gripal quando acompanhada de, ao menos, um dos fatores a seguir:
- Tosse
- Dor de garganta
- Coriza
- Dificuldade respiratória
2. Apresentação de Síndrome Respiratória Aguda Grave, identificada pela presença de pelo menos um dos critérios a seguir:
- Desconforto respiratório (dificuldade para respirar)
- Pressão persistente no tórax
- Saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente
- Coloração azulada dos lábios ou rosto
Para confirmar se um paciente está com o vírus, alguns exames laboratoriais também podem ser solicitados. As opções mais utilizadas são:
- Teste rápido: exame de imunocromatografia que ajuda na detecção de anticorpos a partir do oitavo dia de sintoma
- RT-PCR: feito para detectar o vírus até o oitavo dia de início de sintomas
Como forma de controlar a pandemia, a atual recomendação do Ministério da Saúde é que o paciente, ao perceber os primeiros sinais da doença, procure ajuda médica imediata em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou UPAS de sua cidade.
Além de ajudar a confirmar o diagnóstico, esta ação faz com que o paciente inicie o tratamento o mais rápido possível e também contribui para que o vírus não continue sendo transmitido para a população em geral.
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