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Feito à base de cacau, o chocolate é um doce originário da América Central. Existem diferentes tipos de chocolate: ao leite, branco, amargo e meio amargo, que podem ser encontrados e consumidos em pó, líquido ou em barra.
A fama desta guloseima é mundial e é difícil encontrar alguém que não goste do doce. Isso não acontece à toa. O alimento estimula a produção de serotonina e endorfina, neuro-hormônios que aumentam o sentimento de prazer e bem-estar.
O chocolate, porém, também possui grande quantidade de açúcar, o que pode desencadear uma série de problemas de saúde em determinados grupos de pessoas, principalmente se consumido com frequência. Entre eles, estão as gestantes.
Mas será que grávida pode comer chocolate à vontade? Veja o que dizem os especialistas:
Grávida pode comer chocolate à vontade?
De acordo com as recomendações médicas, grávida não pode comer chocolate sem restrição. Mas o consumo moderado está autorizado.
"Recomendamos moderação no consumo desse tipo de produto. Pois, a depender do chocolate escolhido pela gestante, pode se tratar de um doce muito calórico, com altas concentrações de gordura e açúcar", explica a obstetra Marcella Marinho.
Quando a gestante adota dietas com alto teor de açúcar, o ganho de peso excessivo fica quase inevitável. Quando isso acontece, aumentam os riscos de:
- Diabetes gestacional
- Pré-eclâmpsia
- Resistência à insulina
- Aumento da glicose sanguínea
-
Nascimento prematuro.
Além das calorias, o chocolate ainda possui cafeína, componente que também deve ser consumido moderadamente durante a gestação. Por isso, para evitar essas complicações, a dica é consumir o doce como uma guloseima ocasional - assim como outros alimentos e bebidas com bastante açúcar. Entretanto, há casos atípicos.
Se a gestante engravidou com sobrepeso ou obesidade, ou possui risco cardiovascular ou histórico familiar e antecedentes pessoais de diabetes, o chocolate deve ser totalmente evitado.
Qual chocolate pode ser consumido na gravidez
Caso a grávida não tenha problemas com sobrepeso, diabetes ou riscos cardiovasculares, na hora de escolher o chocolate, é preciso ter atenção ao tipo de produto.
A dica é evitar aqueles ao leite, branco e com menor concentração de cacau. Isso porque eles possuem grandes quantidades de açúcar. Além disso, o chocolate branco, por exemplo, é preparado com maior teor de gordura hidrogenada.
Já os chocolates mais escuros tendem a ter menos açúcares. Mas, para não ter erro, os médicos indicam não se limitar aos termos light ou diet, e sempre optar pelo chocolate amargo, com maior quantidade de cacau (a partir de 60%).
O chocolate amargo, em específico, também pode oferecer benefícios para as grávidas. De acordo com a obstetra Karina Tafner, o doce:
- Tem minerais, magnésio, cobre e ferro
- Estimula a produção de endorfina no cérebro, responsável pela sensação de prazer e bem-estar
- Ajuda na produção de serotonina, atuando no combate à depressão e outros distúrbios de humor.
Quantidade segura de chocolate na gravidez
Para aproveitar os benefícios do chocolate e evitar as complicações, basta consumir apenas as porções indicadas pelos especialistas. Como cada gestação é única, é preciso sempre confirmar com seu médico a quantidade recomendada.
A nutricionista Taciane Merlim faz uma orientação geral. "O consumo recomendado para uma grávida saudável é de, no máximo, 30 gramas por dia. Ou seja, mais ou menos um bombom", afirma.
É importante reforçar que caso a gestante tenha sobrepeso, problemas cardiovasculares, diabetes gestacional ou tendência à diabetes, o consumo de chocolate não é indicado, mesmo com restrição de quantidade.
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