Psicóloga formada em 1998 pela Faculdade de Ciências e Letras, com validação e equivalência de diploma pela Universidade...
iNeste artigo separei alguns pontos para reflexão que dizem respeito à hora de repensar um relacionamento. Os oito pontos levantados neste artigo não são os únicos a serem analisados para uma tomada de decisão, porém, são pontos importantes e que podem ajudar na reflexão.
Compreender a história de vida pessoal, as razões para a união, o que mudou e o que pode ser feito para melhorar são fatores que devem ser levados em consideração para tomar uma decisão equilibrada, seja a de manter de modo saudável o relacionamento, seja de se separar. Entenda melhor os sinais a seguir.
Quando terminar um relacionamento
1. Agressões
- Brigas: é normal ter divergência e opiniões diferentes. Porém, brigas constantes e desavenças não fazem parte de um relacionamento saudável. Aprender a comunicar as ideias e as vontades é um processo de autoconhecimento e treino de comunicação. Impor limites com bons modos, dizer o que pensa, o que é importante e o que sente faz parte da construção de uma boa relação.
- Físicas: estar em um ambiente seguro, de proteção pessoal e integridade física é mais do que necessário: é fundamental para o bem-estar de todos. Quando os problemas não são resolvidos na conversa, na negociação, na fala com equilíbrio e no bom senso, chegando ao ponto das agressões físicas, é preciso muito cuidado e alerta redobrado. Não é saudável!
2. Comportamento possessivo/controle excessivo
As relações não podem ser embasadas no excesso de controle, vigia constante, dúvidas frequentes e incertezas. Uma relação saudável tem como base o respeito do espaço e das vontades que vão além da relação. Entender o momento do outro e suas necessidades sem perder a leveza e o bem-estar é a chave para uma relação saudável.
3. Competição
Viver em constante disputa é algo negativo e pouco produtivo. Querer ser melhor que o outro, achar-se superior e cultivar um clima pesado e sem harmonia não faz bem para a mente humana.
4. Ciúmes
Respeitar os acordos da relação é parte do respeito ao outro e a si, afinal, se você se compromete com algo, é fundamental buscar dar conta do que você espera de você. Perder-se no medo, na insegurança da traição, na dúvida da honestidade do outro é um problema grande. Conversar, esclarecer e dar feedbacks é parte das boas relações.
5. Ausência de planos futuros
É gostoso saber que a relação do agora pode crescer e seguir. Não devemos viver apenas com a mente focada no futuro, é preciso também aproveitar a vida com o que se tem no agora.
O ideal é o equilíbrio: aproveitar os bons momentos do agora na companhia de quem se ama e também um olhar para manutenção e construção do vínculo para que os objetivos se "casem" e tenham sinergia. Afinal, é complicado cada um fazer planos de modo isolado e sem encontro de valores e ideias.
6. Desinteresse
Nem sempre vamos ter concentração e atenção plena à outra pessoa da relação, mas "zero interesse" também não se justifica. Cultivar a conexão, a cumplicidade, ter vontade de ouvir o que a pessoa diz, pensa e sente faz parte do bom convívio.
Quando não temos curiosidade com o que podemos receber, quando perdemos o interesse em compartilhar sobre nós, é sinal de alerta: é algo pontual ou passou a ser um padrão na relação? As pessoas se sentem bem, amadas pelo modo que é feito o contato com a parceria.
7. Implicância constante
Tudo na outra pessoa incomoda: as reações de desprezo e reclamações constantes do comportamento e atitude não contribuem para uma relação estável. A implicância constante não deve ser confundida com expor o que se pensa, falar dos sentimentos e até mesmo "reclamar" e pedir mudanças. Porém, reclamações sem fim não constroem uma relação afetuosa.
8. Falta de confiança
Duvidar de tudo o que a outra pessoa diz e faz, acreditando sempre em uma má intenção na fala e nas ações gera um mal-estar sem precedentes nas relações. As acusações não produzem esclarecimento.