A Dra. Catalina Gavilanes é formada pela Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá (Colômbia) especialista em Dermatol...
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O que é Nódulo na axila?
O nódulo na axila é um caroço que surge devido à dilatação de um ou mais gânglios linfáticos sob o braço. Eles são pequenas glândulas, de forma oval, que se encontram por todo o corpo e desempenham um papel importante no sistema imunológico.
Segundo a dermatologista Ana Paula Giovanetti, especialista do Vera Cruz Hospital, o caroço na axila pode variar muito de tamanho. Ele pode ser desde muito pequeno até muito grande e bastante visível. “É um volume na axila semelhante a um caroço, no qual a pessoa pode apalpar. Pode ser um surgimento rápido ou não, dependendo da causa desse nódulo”.
Causas
As principais causas de nódulo na axila são:
- Furunculose (íngua na axila): é a causa mais comum para a formação do nódulo e ocorre devido à inflamação de uma glândula produtora de suor, produzida normalmente por um pelo inflamado. Desse modo, o suor não consegue sair e as bactérias começam a se acumular no local — provocando um nódulo pequeno e dolorido
- Linfadenite: é uma infecção dos gânglios linfáticos que pode ser causada por qualquer micro-organismo, como bactérias, vírus ou protozoários. A linfadenite pode acontecer principalmente depois de infecções cutâneas ou de outras infecções causadas por bactérias
- Linfomas: são cânceres de linfócitos, que residem no sistema linfático e nos órgãos produtores de sangue — agindo no combate de agentes infecciosos. Os linfomas são divididos em dois grandes grupos, sendo eles linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin
- Hidrosadenite supurativa: é uma inflamação das glândulas que produzem suor, também conhecidas como glândulas sudoríparas — provocando o surgimento de caroços semelhantes a pequenos furúnculos. A inflamação na pele faz com que esses nódulos apareçam em diferentes regiões do corpo, como axila, virilha, ânus e nádegas
- Cisto sebáceo: trata-se de um tipo de caroço que surge sob a pele a partir do acúmulo de sebo. É uma condição benigna e pode aparecer em qualquer região do corpo, incluindo axilas. Normalmente não é doloroso e a coloração é próxima do tom de pele ou, em alguns casos, esbranquiçada. Quando o cisto está inflamado ou infectado, ele pode ficar vermelho, inchaço e dolorido
Diagnóstico
O diagnóstico de nódulo na axila é realizado por um exame clínico bem detalhado por um médico dermatologista ou clínico geral. Em raros casos, e quando necessário, se solicitam estudos adicionais como ultrassom e ressonância magnética.
Na consulta médica
Entre as especialidades que podem diagnosticar e tratar um nódulo na axila estão:
- Clínica médica
- Endocrinologia
- Dermatologia
- Pediatria
- Hematologia
- Infectologia
- Imunologia
Buscando ajuda médica
Seja qual for a causa do surgimento de um nódulo na axila, este deve ser analisado por um médico. Lembre-se que as causas variam muito — pode ser algo simples, como pode ser um sinal de algum problema de saúde mais grave. Procure ajuda médica principalmente se o nódulo aumentar de tamanho e estiver sensível, dolorido ou provocar coceiras.
Tratamento
Como tratar caroço na axila?
O tratamento de nódulo na axila varia de acordo com a causa da condição. De acordo com a dermatologista Catalina Gavilanes, especialista da Clínica Carvalho Concept, quando a causa mais comum é infecciosa, pode se considerar o uso de antibióticos tópicos ou orais — além do uso de compressas de água morna. Se o nódulo tiver pus, é importante que ele seja drenado pelo médico.
Se a causa do nódulo na axila é um cisto, além do uso de antibióticos, posteriormente pode ser indicada uma cirurgia para a retirada do cisto. "Já quando a causa é por suspeita de câncer, a abordagem deve ser realizada de forma integral ou até multidisciplinar. Além disso, devem ser solicitados estudos de esclarecimento que vão auxiliar na determinação do próximo passo do tratamento, que na maioria das vezes é a cirurgia”, finaliza Catalina.
Referências
Clebak, K. T., & Malone, M. (2018).Skin Infections.Primary Care - Clinics in Office Practice,45(3), 433-454.https://doi.org/10.1016/j.pop.2018.05.004