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Muito se fala a respeito da coleta e preservação do sangue de cordão umbilical e placentário no momento do parto, de modo que ele seja armazenado e possa ser utilizado pelo bebê em algum momento futuro, como no caso do surgimento de determinadas doenças em que os transplantes de medula são o meio de tratamento. Mas você sabe como funciona e por que é importante se planejar antes do parto para preservar essas células tão preciosas?
Para entender melhor, a medula óssea é um dos tecidos mais importantes do corpo. Responsável pela produção de, aproximadamente, um trilhão de células por dia, ela é fonte principal das células-tronco hematopoiéticas - que dão origem ao sangue e à própria medula.
A célula-tronco hematopoiética também pode ser encontrada no sangue periférico, a partir de algum estímulo medicamentoso, e no sangue placentário e de cordão umbilical. As duas últimas opções só são possíveis por causa da criopreservação, uma técnica de congelamento e armazenamento de material biológico que permite a conservação das células-tronco por tempo indeterminado.
"Quando essa medula entra em falência por algum motivo, invasão, tumor ou algum vírus, a gente para de produzir [a célula] e precisamos de uma outra fonte", explica a hematologista Patrícia Fischer, responsável pela criopreservação de sangue placentário e de cordão umbilical do Criovida.
O transplante de célula-tronco hematopoiética (mais conhecido como transplante de medula óssea) é uma das alternativas viáveis para esse momento, principalmente quando os tratamentos convencionais não apresentam o resultado desejado.
O objetivo é utilizar células-tronco para reconstituir a medula óssea, fazendo com que ela produza novas células saudáveis. Esse tipo de célula progenitora tem potencial terapêutico para tratar doenças hematológicas e imunológicas, como:
- Leucemia
- Anemias graves e congênitas
- Imunodeficiências congênitas
- Mieloma múltiplo
- Hemoglobinopatias
- Osteopetrose
- Outras neoplasias do sangue.
Onde encontrar essa célula-tronco para transplante?
É possível ter acesso a esse material de duas maneiras: banco público ou banco autólogo. No público é preciso aguardar um doador compatível, o que pode demorar. Já o banco autólogo é privado, destinado ao próprio doador, com 100% de garantia de compatibilidade. Dependendo do caso, pode haver uma abertura para alogênico aparentado, quando doador e receptor são consanguíneos - como o caso de irmãos, por exemplo.
"Recentemente, nós tivemos um caso de uma bebê que o irmão tem 14 anos e faz tratamento em um hospital de leucemia. O centro transplantador está ciente dessa coleta, e se, por algum motivo, esse paciente precisar de transplante, pode ser que seja necessário o cordão umbilical da irmã", relata a hematologista Patrícia Fischer.
O Criovida, unidade de criopreservação do laboratório Hermes Pardini, é uma opção de banco autólogo. Com mais de 10 anos de experiência, ele conta com uma equipe altamente especializada, pronta para cuidar do material biológico desde a coleta até a preservação. Além de atendimento 24h, o laboratório realiza coletas emergenciais de sangue de cordão umbilical e placentário.
Como é feita a coleta?
O Criovida possui profissionais treinados e capacitados que realizam a coleta ainda na sala de parto, somente após a autorização do obstetra e do pediatra, sem nenhum contato com a cliente. Além disso, a quantidade de material coletado não coloca a saúde da mãe ou do bebê em risco.
"Só vamos coletar aquilo que seria jogado fora, que não vai fazer falta nem para o bebê e nem para a mãe", pontua a responsável pela criopreservação de sangue placentário e de cordão umbilical do Criovida.
Em uma área reservada e estéril, o sangue de cordão umbilical é drenado e colocado em uma bolsa com anticoagulante. Já o sangue da placenta é colhido através de pulsões. Quanto mais sangue for coletado, maiores são as chances da criopreservação funcionar.
Isso porque, para que o procedimento seja concluído, é preciso que o material tenha mais de 500 milhões de células - entre elas, pelo menos 1,205 milhão de células-tronco hematopoiéticas. Caso esse número não seja atingido, infelizmente, não é possível realizar a criopreservação.
O tempo total do procedimento deve ser de, no máximo, 48h. "Às vezes as células se autodestroem. Então, quanto mais cedo elas chegarem no Criovida, melhor vai ser a manutenção delas e o resultado da criopreservação", ressalta Fischer.
Depois, o sangue de cordão umbilical e/ou da placenta fica armazenado por tempo indeterminado. Vale ressaltar que o material criopreservado pode ser utilizado apenas uma vez.
Criopreservação x COVID-19
De acordo com a hematologista Patrícia Fischer, existe uma norma técnica que orienta a suspensão da criopreservação do sangue caso a gestante tenha se infectado com o novo coronavírus no final da gestação. Entretanto, dependendo da urgência do transplante, o procedimento pode ser realizado.
"É uma recomendação, é uma nota técnica, mas não é uma proibição diante do material tão nobre que a gente tem", finaliza.