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A lubrificação é um dos quesitos mais importantes durante a relação sexual, especialmente para as mulheres, uma vez que ela prepara a vagina para a penetração e torna a atividade mais confortável e agradável.
Contudo, ainda que ela ocorra naturalmente no momento da excitação sexual, o que pode variar de mulher para mulher, há quem acredite que o grau de umectação é uma questão de preferência.
Isso porque muitas pessoas acabam recorrendo ao uso de lubrificantes por acharem que o sexo é mais prazeroso quando estão ainda mais lubrificadas. E, de fato, os especialistas recomendam a utilização do produto como forma de minimizar as possíveis lesões e dores decorrentes do atrito durante o sexo.
No entanto, nem todos os lubrificantes são produzidos de forma semelhante. E para quem busca por alternativas naturais, é importante saber que não é qualquer coisa que está no armário de casa que pode ser segura para essa finalidade.
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Melhores lubrificantes íntimos naturais
A escolha do lubrificante é uma decisão bastante pessoal e deve ser considerada com cuidado, uma vez que ele terá contato direto com a região íntima. Conforme explica Mariana Rosário, ginecologista obstetra e membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, recorrer a esse tipo de produto é saudável, mas é preciso escolher alternativas seguras.
Confira a seguir algumas opções de lubrificantes naturais recomendados pelos especialistas:
1. Óleo de coco virgem
O óleo de coco virgem é um lubrificante natural bastante popular e geralmente bem tolerado, uma vez que ele é bem absorvido pela pele e mantém a hidratação natural.
"Ele é o que dá menos problemas, menos efeitos colaterais e menos alterações no pH vaginal", explica a médica Mariana Rosário. Além disso, o produto é a forma menos processada do óleo de coco comum e não contém aditivos que podem irritar a pele e causar alergias.
2. Lubrificantes à base de água
Os lubrificantes à base de água são uma das opções mais indicadas, além de serem versáteis e fáceis de encontrar. Também são recomendados para quem tem a pele mais sensível e com tendência a infecções fúngicas.
Diferente dos lubrificantes à base de óleo (ou do próprio óleo de coco), os lubrificantes à base de água são seguros para o uso com preservativos de látex. Esses produtos ainda são os mais recomendados para o sexo anal.
3. Aloe vera
Muitos lubrificantes vendidos comercialmente contêm aloe vera, especialmente por conta de seu efeito calmante — o que pode ser muito útil para evitar qualquer irritação cutânea durante o sexo.
Por não conter óleo, o aloe vera é uma opção de lubrificante natural segura para usar com preservativos. Contudo, a aplicação do produto diretamente na pele — especialmente as mais sensíveis — pode causar reações como vermelhidão, irritação, coceira e sensação de queimação.
Por isso, é sempre recomendado ler bastante sobre as propriedades contidas no lubrificante em questão e tirar todas as dúvidas possíveis com um profissional ginecologista.
Pode usar óleo de cozinha ou manteiga como lubrificante íntimo?
A resposta é não. "Esses produtos não têm o pH adequado e, na composição deles, há diversas outras substâncias que não são compatíveis com a mucosa vaginal", esclarece a ginecologista Mariana Rosário.
A manteiga, por exemplo, é um produto lácteo que requer refrigeração e que, por poder ficar rançosa após o contato com a pele, pode causar a proliferação de bactérias indesejáveis.
Assim, o uso desses produtos como lubrificante íntimo pode levar a:
- Alterações no pH da região íntima
- Aumento de chances de desenvolver alguma vaginite ou inflamações vaginais
- Irritação e coceira local, que podem levar a lesões
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Quais lubrificantes naturais evitar?
Além da manteiga e do óleo de cozinha, existem outros produtos do dia a dia que parecem ser bons lubrificantes, mas que, na verdade, podem causar irritações na mucosa íntima. Veja a seguir quais são eles e por que você deve evitá-los:
Glicerina: a glicerina pura pode tornar a região íntima da pessoa mais propensa a infecções por fungos.
Vaselina: a vaselina não foi projetada para ser um produto para lubrificação e, apesar de ser atóxica e ter uma consistência pegajosa, ela é recomendada apenas para uso externo.
Clara de ovo: apesar de sua consistência, a clara de ovo não é recomendada como um lubrificante natural, uma vez que não existe respaldo médico que comprove sua eficácia e segurança.
Saliva: a saliva pode ser um lubrificante bastante perigoso, visto que muitas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem ser transmitidas através dela, além de propiciar infecções vaginais, como a vaginose bacteriana.
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