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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (20) a aplicação do imunizante Coronavac, produzido pela farmacêutica Sinovac e o Instituto Butantan, em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos.
A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada do órgão, que optou por restringir o uso da vacina em jovens imunossuprimidos dessa faixa etária. Entretanto, a vacinação com o imunizante será liberada para o público infanto-juvenil com comorbidades.
Segundo o comunicado oficial divulgado pelo Butantan, a formulação e a dosagem da Coronavac para crianças será a mesma da vacina aplicada em adultos. A imunização com a vacina será feita, inicialmente, com duas doses, seguindo um intervalo de 28 dias entre elas - mesmo esquema adotado para o público maior de 17 anos.
Apesar da liberação, o início da aplicação da Coronavac em crianças e adolescentes ainda não foi definido. A inclusão do imunizante na campanha nacional deve depender do cronograma elaborado pelo Ministério da Saúde para cada Estado do Brasil, assim como a determinação sobre a distribuição das doses.
Até o momento, apenas a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer/BioNTech, havia sido aprovada para a imunização de crianças contra a COVID-19 no país. A campanha realizada apenas com este imunizante para o público infantil foi oficialmente iniciada na última segunda-feira (17).
Autorização da vacina
O pedido de liberação da Coronavac, enviado pelo Instituto Butantan no dia 15 de dezembro de 2021, contemplava a vacinação em crianças a partir dos 3 anos. Porém, após a avaliação feita pela equipe técnica da Anvisa, foram apontadas lacunas nas pesquisas sobre a efetividade do imunizante em crianças entre 3 e 5 anos de idade.
Na China, a Coronavac vem sendo aplicada em crianças desde maio de 2021. Nações como Hong Kong, Chile, Equador, Indonésia e Camboja também incluíram a vacina no plano de imunização para o público infantil no último ano.
Para a liberação da vacina no Brasil, o Butantan contou com a análise de dados de pesquisas e estudos feitos pelo governo chileno sobre o uso do imunizante em crianças e adolescentes no país, que se mostrou segura e eficaz para a população nessa faixa etária.