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O Ministério da Saúde aprovou nesta sexta-feira (1º) o uso emergencial do baricitinibe para tratamento da COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Comercializado pela fabricante Eli Lilly com o nome Olumiant, o medicamento foi recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e também já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Este é o primeiro medicamento para COVID-19 a ser implementado no SUS. Segundo a pasta, o baricitinibe será disponibilizado para tratamento de pacientes adultos hospitalizados que necessitem de oxigênio por máscara ou cateter nasal.
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A oferta do medicamento foi definida após aprovação da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão do Ministério da Saúde.
O que é baricitinibe e como ele atua no organismo?
O baricitinibe é um medicamento que atua sobre o sistema imune, auxiliando no processo de recuperação de quadros inflamatórios. Ele diminui a ação de uma substância chamada interleucina-6 (IL-6), que está relacionada a reações inflamatórias geradas por diversas doenças.
De acordo com a fabricante Eli Lilly, um estudo denominado COV-BARRIER avaliou o uso do medicamento no tratamento de COVID-19 e demonstrou uma redução de 38% da mortalidade após 28 dias. A pesquisa foi realizada em nível global, incluindo pacientes de vários países, como EUA, Brasil, México, Argentina, Rússia, Índia, Reino Unidos, Espanha, Itália, Alemanha, Japão e Coréia.
No Brasil, o baricitinibe está aprovado para uso desde 2018 para tratamento de artrite reumatoide e desde 2021 para dermatite atópica. Em 2020, a Conitec também aprovou o uso do Olumiant para o tratamento de artrite reumatoide no SUS, onde já é distribuído aos pacientes para esta indicação.
O medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao produto ou a qualquer um de seus componentes presentes na fórmula. Mulheres grávidas também não devem tomar o remédio.