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Ao nos depararmos com situações que colocam em risco nosso equilíbrio interior, o corpo prepara diversas alterações para se “defender”. O nível de cortisol, a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam, o fígado libera glicose, as pupilas ficam dilatadas, o fluxo sanguíneo cerebral se intensifica, entre outras reações¹.
Todo esse mecanismo é resultado do que chamamos de estresse¹. Apesar de serem mudanças naturais do organismo, quando acionadas em excesso, podem provocar diferentes sintomas e problemas de saúde, visíveis ou não¹.
A seguir, confira cinco sinais que indicam que o seu nível de estresse está além do natural:
- Irritabilidade
- Disfunções sexuais
- Dificuldade para dormir
- Problemas de memória
- Queda de cabelo
1. Irritabilidade
Você fica irritado com frequência, perde a paciência facilmente e tem momentos de explosividade, muitas vezes, sem um motivo aparente? Pois saiba que isso é um dos principais sinais de estresse excessivo¹.
O estresse aumenta a produção de cortisol e adrenalina, hormônios que deixam o corpo em estado de alerta e preparado para reagir a situações adversas. O problema é que esse efeito deixa a pessoa mais suscetível a ter reações exageradas, ficar impaciente e, consequentemente, ter uma irritabilidade maior¹.
2. Disfunções sexuais
Quando há uma situação causando estresse constante para o cérebro, pode ser mais difícil “desligar” a cabeça e focar em outras coisas¹𑁦². E esse desafio acaba sendo um grande empecilho para a vida sexual².
Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine observou uma redução significativa no desejo sexual (libido) de mulheres com estresse elevado². Isso acontece devido a fatores psicológicos e hormonais. Afinal, a condição causa distração, dificultando a concentração, e aumento do nível de cortisol, responsável por suprimir os hormônios sexuais².
Além de prejudicar a libido, o estresse pode atrapalhar a fertilidade, tanto masculina quanto feminina³𑁦⁴. Em homens, por exemplo, ocorre uma interferência na formação dos espermatozoides³. Já em mulheres, o estresse pode modificar o ciclo menstrual, resultando em uma infertilidade temporária⁴.
3. Dificuldade para dormir
Assim como há dificuldade para se concentrar nos desejos sexuais, pessoas estressadas também têm problemas para relaxar e dormir⁵. Não à toa a maioria dos casos de insônia primária (que não está associada a doenças ou dependências químicas) é causada por estresse⁵.
Uma pesquisa feita com americanos adultos que tinham insônia ocasional observou que quase 50% dos casos tinham relação com estresse - sendo 28% de estresse com o trabalho e 20% de estresse com familiares⁵. Então, quando você diz que determinada situação está “tirando o seu sono”, saiba que isso pode estar realmente acontecendo.
4. Problemas de memória
O estresse altera o Sistema Nervoso Central; que, por sua vez, promove algumas alterações hormonais¹. E são justamente essas mudanças que podem prejudicar a memória - especialmente o aumento da produção de cortisol⁶.
Estudos notaram que níveis de cortisol cronicamente elevados (comuns em pessoas com estresse além do que é considerado natural) podem alterar a estrutura e a função do hipocampo, área do cérebro que é a sede principal da memória. Com isso, o estresse pode causar algumas alterações na memória e na cognição⁶.
5. Queda de cabelo
O estresse afeta o corpo como um todo, inclusive o couro cabeludo. Essa condição, quando atinge níveis crônicos, causa processos inflamatórios que podem prejudicar o nascimento e o crescimento capilar, aumentando a perda de cabelo diária (também chamada de eflúvio telógeno)⁷.
Pessoas que já possuem queda capilar por alguma condição médica ainda podem ter a perda acentuada por causa do estresse⁷. Ao mesmo tempo, a queda de cabelo também está entre os fatores de risco para o estresse. Ou seja, acaba virando um ciclo vicioso⁷.
Controlando o nível de estresse
Além dos problemas citados anteriormente, o estresse em excesso pode desencadear condições como ansiedade, depressão, síndrome de burnout, picos de hipertensão, problemas cardíacos e estomacais e diabetes (em pessoas que possuem predisposição).⁸
Para evitar que a situação ultrapasse o nível natural e evolua para um quadro crônico, é preciso controlar o estresse da rotina⁹. Por isso, é importante ter uma alimentação saudável, rica em frutas e verduras, e fazer exercícios físicos regularmente, pois isso ajuda a produzir substâncias naturalmente relaxantes e analgésicas, como a endorfina⁹.
Aliado a essas boas práticas, também existem medicamentos fitoterápicos que promovem benefícios no controle do estresse do dia a dia, como é o caso da planta Rhodiola rosea, conhecida por promover alívio temporário de sintomas de estresse, como fadiga e sensação de fraqueza.
Fisioton é um fitoterápico à base de Rhodiola rosea que contribui para a melhora da capacidade de trabalho físico e mental, ajudando o organismo a se adequar da melhor forma possível às situações que geram maior estresse. Vale ressaltar que é importante ler a bula com atenção e consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento.
Referências
1 - Universidade Estadual de Campinas. Cérebro e Mente: Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Neurociência. Disponível em: https://cerebromente.org.br/n11/doencas/estresse.htm. Acesso em 28 de julho de 2022.
2 - Hamilton LD, Meston CM. Chronic stress and sexual function in women. The Journal of Sexual Medicine. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23841462/. Acesso em 28 de julho de 2022.
3 - Lenzi A, Lombardo F, Salacone P et al. Stress, sexual dysfunctions, and male infertility. Journal of Endocrinological Investigation. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12834026/. Acesso em 28 de julho de 2022.
4 - Moreira SNT, Lima JG, Sousa MBC et al. Estresse e função reprodutiva feminina. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292005000100015. Acesso em 28 de julho de 2022.
5 - Robaina JR, Lopes CS, Rotenberg L et al. Eventos de vida produtores de estresse e queixas de insônia entre auxiliares de enfermagem de um hospital universitário no Rio de Janeiro: estudo Pró-Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/rbepid/2009.v12n3/501-509/. Acesso em 28 de julho de 2022.
6 - Margis R, Picon P, Cosner AF et al. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rprs/a/Jfqm4RbzpJhbxskLSCzmgjb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 28 de julho de 2022.
7 - Hadshiew IM, Foitzik K, Arck PC et al. Burden of Hair Loss: Stress and the Underestimated Psychosocial Impact of Telogen Effluvium and Androgenetic Alopecia. Journal of Investigative Dermatology. Disponível em: https://www.jidonline.org/article/S0022-202X(15)30963-5/fulltext. Acesso em 28 de julho de 2022.
8 - Borine RCC, Wanderley KS, Bassitt DP. Relação entre a qualidade de vida e o estresse em acadêmicos da área da saúde. Estudos Interdisciplinares em Psicologia. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072015000100008. Acesso em 28 de julho de 2022.
9 - Ministério da Saúde. Estresse. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/estresse/. Acesso em 28 de julho de 2022.