Redatora especialista na cobertura de conteúdos sobre saúde, bem-estar, maternidade, alimentação e fitness.
O ator Chris Hemsworth, conhecido por seu trabalho como Thor, revelou que descobriu uma predisposição a desenvolver Alzheimer durante entrevista à revista Vanity Fair, publicada no domingo (20). Com isso, o astro, que tem 39 anos, anunciou que fará uma pausa na carreira para realizar um período sabático.
A decisão foi tomada durante a gravação de sua nova série documental “Sem Limites”, da Disney+. Na produção, o ator pratica diversas atividades físicas extremas, exigindo o máximo de seu corpo. Durante as filmagens, Hemsworth revelou a descoberta.
Leia mais: Alzheimer: estudo descobre possível tratamento não invasivo
“Fazer um episódio sobre morte e encarar a minha própria mortalidade me fez pensar: ‘meu Deus, ainda não estou pronto para morrer’”, disse. “Eu quero um dia me sentar e ter clareza sobre isso, com maior gratidão e tranquilidade. Começarei a falar sobre os meus filhos, a minha família… Foi esse gatilho que me impulsionou a buscar essa pausa”, afirmou Hemsworth.
Além disso, o ator afirmou que não se trata de um “gene pré-determinista”, mas, sim, “uma forte indicação” de que ele desenvolverá a doença. Segundo o ator, sua composição genética inclui duas cópias do gene APOE4, uma de sua mãe e outra de seu pai.
Esta combinação leva a um aumento do risco de Alzheimer, apesar de não ser toda pessoa que possui o gene que desenvolverá a doença.
Alzheimer: quais são os fatores de risco já conhecidos?
A causa exata do Alzheimer ainda é desconhecida, mas pesquisadores acreditam que, para a maioria das pessoas, a doença pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida que afetam o cérebro ao longo do tempo.
Entre os possíveis fatores de risco, segundo a pesquisa científica e médica, estão:
- Idade (o risco aumenta após os 65 anos);
- Histórico familiar e genética (incluindo o gene APOE4, que Hemsworth descobriu possuir);
- Comprometimento cognitivo leve anterior.
Além disso, um estudo recente, realizado por pesquisadores da Boston University School of Medicine, revelou que níveis elevados de triglicerídeos aos 35 anos estão associados a uma maior incidência de Alzheimer anos mais tarde. O mesmo trabalho também mostrou que a glicose alta no sangue, principalmente entre os 51 e 60 anos, também é um fator de risco para Alzheimer no futuro.
Como prevenir o desenvolvimento de Alzheimer?
Por não existir cura para o Alzheimer, a prevenção da doença é feita com base na adoção de um estilo de vida saudável, com realização de atividades cognitivas e uma boa vida social, segundo médicos. Ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos também é uma forma de prevenir o declínio cognitivo.
Saiba mais: Atitudes saudáveis podem reduzir o risco de se desenvolver Alzheimer
De acordo com um estudo recente, publicado na revista científica Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, a atividade física aumenta os níveis de uma proteína que fortalece a comunicação entre as células cerebrais através de sinapses.