Que tal conquistar de uma vez por todas uma pele de veludo?Então, a partir de agora, você irá conhecer todas as novidade...
iA pinta deve ser acompanhada pelo dermatologista. Caso ela venha a crescer, coçar ou sangrar é importante prestar atenção e fazer uma dermatoscopia. Lesões avermelhadas, parecidas com pintas que não cicatrizam, podem também ser sinais de câncer de pele
A pinta na pele ou um simples sinal de nascença podem dar charme e um destaque a mais à beleza feminina. A apresentadora Angélica, além de outras personalidades como, por exemplo, as atrizes americanas Marilyn Monroe, Cindy Crawford, entre outras, já conquistaram muitas capas de revistas com a pinta que possuem em locais visíveis e diferentes. Mas, nem sempre a pinta é um charme saudável, ela pode se tornar um problema, dependendo do caso. A pinta é sinônimo de nevo ou nevus pigmentado, ou seja, é uma lesão plana ou elevada cuja coloração varia da cor da pele ao negro, onde há um aumento no número de células nevicas na pele, que podem, eventualmente, se transformar em um tumor maligno chamado melanona.
O melanoma, que se origina dos melanócitos, células que produzem o pigmento que dá a cor da pele, é o pior câncer de pele que pode ser diagnosticado. É um tumor muito grave devido ao seu alto potencial de produzir metástases, que são células tumorais e podem ser espalhadas para outros órgãos, onde se desenvolvem. Mas, também, é um câncer de pele com grandes chances de cura, se for detectado precocemente. Felizmente, a grande maioria das pintas é e continuará a ser benigna, mas é sempre bom fazer um acompanhamento com um dermatologista.
Em geral, as pintas começam a aparecer na infância, porém aumentam de número e tamanho até a meia idade, em média de 10 a 40 por pessoa, depois apresentam uma tendência à regressão. É importante a pessoa que tem muitas pintas fazer regularmente um exame que se chama dermatoscopia, que permite uma avaliação das pintas de dez vezes o seu tamanho. Desta forma, o dermatologista tem a possibilidade de avaliar algumas estruturas presentes nos nevos, como estrias, glóbulos, rede pigmentar e indícios de lesões malignas. Uma transformação de uma pinta benigna para maligna pode ser indicada por alteração na cor, aumento do diâmetro ou irregularidade das bordas.
As pintas saudáveis geralmente são pequenas e têm uma cor só. Mas, as pintas que forem um pouco maiores não são motivo para preocupação exagerada, apenas merecem alguns cuidados. A pessoa que tem muitas pintas e fica exposta demasiadamente ao sol tem mais chances de transformá-las em lesões malignas; claro que o fator genético também contribui muito para isso. O tratamento do melanoma é cirúrgico e deve ser realizado o mais rápido possível.
O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura. Há outros dois tipos de câncer de pele causados diretamente pela exposição excessiva ao sol: o Epitelioma Basocelular e Carcinoma espinocelular. Estes são bem mais comuns, mas não são tão graves. O Carcinoma basocelular geralmente é uma lesão avermelhada, de bordas perlaceas (lembra pérolas e pode ser confundido com uma pinta) e não cicatriza. Por ter semelhança com a pinta, essa lesão deve ser examinada pelo dermatologista rapidamente. Este tipo de câncer aparece geralmente em pessoas mais velhas e nas áreas que ficam mais expostas ao sol (face e dorso).
Dra. Mônica F. Carvalho-Nakatsubo é dermatologista com especialização em dermatologia infantil e dermatoscopia (estudo detallhado das "pintas do corpo pela UNIFESP). Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.