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O ator Pedro Paulo Rangel morreu na madrugada desta quarta-feira (21) aos 74 anos devido a complicações de um quadro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Ele estava internado desde o dia 30 de outubro na Clínica São José, no Rio de Janeiro.
O artista enfrentava a doença desde 2002, mas nos últimos meses seu quadro piorou bastante, tendo sido internado no CTI da unidade de saúde. No último dia 14 de dezembro, a sedação foi suspensa em uma tentativa de extubá-lo, porém, seu quadro de saúde ainda era grave.
A DPOC é um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar, dificultando a respiração. Estima-se que, no Brasil, a doença afete cerca de 12% da população adulta, sendo a principal causa de morte por doenças respiratórias em adultos (5,5% das mortes nesse grupo são devido a complicações da DPOC), com maior incidência à medida que a idade avança.
A DPOC, inicialmente, é uma doença silenciosa, dificultando seu diagnóstico. Porém, com o avanço da doença, é possível notar alguns sinais, como tosse, catarro e pigarro. Quando mais avançada, causa falta de ar, aperto e chiados no peito, tosse crônica e perda de peso não intencional.
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Com a progressão da doença, a falta de ar torna-se cada vez mais intensa, tornando mais difícil atividades do cotidiano, como tomar banho, vestir-se ou, até mesmo, ficar em repouso. Isso acontece porque o fluxo de ar fica cada vez mais obstruído nos pulmões, constituindo um quadro grave da doença e com alto potencial de óbito.
A DPOC pode levar a outras complicações de saúde, tornando o quadro geral mais grave. É o caso da hipertensão pulmonar - quando a pressão arterial nas artérias que levam sangue para os pulmões está elevada - infarto, câncer de pulmão e, em alguns casos, depressão.
Quais são as causa da DPOC?
A DPOC está intimamente ligada ao tabagismo, já que é uma das suas principais causas - 85% dos casos da doença estão relacionados ao hábito de fumar. Isso acontece porque a fumaça inalada leva à inflamação pulmonar, causando a obstrução dos brônquios e a destruição dos alvéolos pulmonares, levando a um quadro de enfisema pulmonar.
Além disso, a exposição a gases tóxicos (como poluição do ar causada pela combustão de motores, fumaça de logo de lenha, entre outros) e doenças respiratórias prévias (como asma) também são fatores de risco para a DPOC.
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Como é feito o tratamento da DPOC?
Apesar de perigosa, a DPOC, quando bem tratada, pode ter os sintomas controlados, reduzindo o risco de complicações e melhorando a capacidade do paciente de levar uma vida ativa. Entre as principais medidas tomadas para o tratamento da DPOC estão:
- Cessar o tabagismo;
- Uso de medicamentos broncodilatadores (que alivia a tosse e a falta de ar);
- Uso de corticosteroides inalados;
- Uso de antibióticos para tratar infecções respiratórias, como bronquite aguda, pneumonia e influenza, que podem agravar os sintomas da DPOC.