Redatora especialista na cobertura de conteúdos sobre saúde, bem-estar, maternidade, alimentação e fitness.
O Rei do Futebol, Pelé, morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon metastático. O craque estava internado desde o dia 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e passava por cuidados paliativos.
O ex-jogador havia sido diagnosticado com a doença em 2021, quando passou por uma cirurgia de retirada de lesão suspeita no cólon direito. Desde então, Pelé passava por tratamento quimioterápico para controle do câncer, que acabou se espalhando pelo corpo.
Considerado um dos tipos de câncer mais incidentes no mundo, o câncer de cólon abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso e o reto.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor acomete cerca de 36.360 pessoas no Brasil e é responsável por mais de 15 mil vítimas por ano no país. A alta incidência pode estar relacionada a hábitos de vida, como uma alimentação menos saudável, sedentarismo e tabagismo.
Leia mais: Câncer colorretal: como as fezes podem dar sinais de alerta?
Em sua fase inicial, o câncer de cólon pode ser silencioso e não apresentar sintomas. Porém, com o desenvolvimento da doença e, dependendo do tamanho e da localização, os sinais podem aparecer de forma variada. Os mais comuns são:
- Diarreia ou constipação;
- Fezes pastosas de cor escura;
- Fezes afiladas (em fita);
- Sangramento retal;
- Sangue nas fezes;
- Desconforto abdominal persistente, como cólicas, gases ou dor;
- Sensação de que o intestino está sempre cheio;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Náusea e vômitos;
- Dor na região anal;
- Esforço para evacuar, às vezes sem sucesso.
Como diagnosticar o câncer de cólon?
Ao notar um ou mais sintomas de câncer de cólon, é importante marcar uma consulta com um médico de confiança. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e de sobrevida do paciente, com poucas chances de recidiva nos cinco anos após a retirada do tumor.
Em geral, a doença pode ser detectada de duas formas: através da pesquisa de sangue oculto nas fezes e da colonoscopia. O primeiro exame analisa a presença de sangue nas fezes que não podem ser vistas a olho nu. O resultado positivo indica que o paciente está sofrendo algum sangramento no intestino grosso, que pode indicar uma inflamação, trauma ou tumor.
Saiba mais: Quando realizar exames para detecção de câncer no intestino?
Já a colonoscopia, considerada padrão ouro para rastreamento e diagnóstico, permite a análise do revestimento interno do intestino grosso e de parte do delgado, correspondente ao reto e ao cólon. O procedimento ajuda a encontrar pólipos, tumores, inflamações, úlceras e outras alterações do órgão. Através da colonoscopia, é possível ressecar um pólipo, o que aumenta em 90% a cura de um câncer futuro.
Após o diagnóstico confirmado para câncer de cólon, o próximo passo é a realização de exames para estadiamento da doença, que irão identificar a extensão do tumor. A partir disso, é iniciado o tratamento, que pode incluir cirurgias, quimioterapia, radioterapia e terapia alvo, que utiliza drogas para identificar e atacar as células cancerígenas com poucos danos às células normais.