Médico ginecologista e obstetra formado pela Faculdade de Medicina PUC Campinas. Residência médica em Ginecologia e Obst...
iA pré-eclâmpsia é o aparecimento de pressão alta depois do quinto mês de gravidez, ou seja, é quando a paciente que não tinha hipertensão arterial no início da gestação passa a ter depois do quinto mês de gestação.
É importante ressaltar que a pré-eclâmpsia aparece antes do parto, mas também pode surgir depois e, mais importante que isso, pode persistir no período pós-parto. De forma geral, a pressão costuma normalizar após o parto, mas há casos em que ela continua alta até 30 dias após o nascimento do bebê.
Durante a gestação, é importante que se faça o tratamento adequado da condição, já que se a paciente não realizar um pré-natal bem feito e não tiver um acompanhamento adequado, pode desenvolver a eclâmpsia, que são convulsões gravíssimas para a mãe e para o bebê causadas pela pressão alta. Outra complicação importante que ela pode ter por conta do aumento da pressão arterial é o descolamento de placenta, em que é necessário fazer um parto de emergência e há risco de vida para o bebê.
Em alguns casos mais graves, a paciente pode ter o que a gente chama de Síndrome de HELLP, que é a alteração das enzimas do fígado e a alteração do sistema de coagulação. Ela pode ter uma coagulopatia, que é gravíssima, e essa paciente tem que fazer a cesárea de urgência, o que frequentemente leva a mãe e o bebê para a UTI. É um quadro extremamente grave.
A princípio, o tratamento da pré-eclâmpsia é medicamentoso e, em alguns casos, envolve internação, medicamentos para controlar a pressão arterial, uso de anticonvulsivantes (sulfato de magnésio) e, na maior parte das vezes, dependendo do tempo de gravidez, interrompe-se a gestação com uma cesárea para tirar o bebê e evitar riscos maiores.
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