Fisioterapeuta e diretora clínica da unidade de Guarulhos do Instituto Trata. Tem especialização em fisioterapia músculo...
iEmbora negligenciado muitas vezes e lembrado apenas quando começamos a sentir dor, o quadril desempenha um papel importante nas atividades diárias. Desde levantar de uma cadeira até dar um passeio casual, é ele que suporta o peso do corpo e auxilia nas atividades mais corriqueiras. E em virtude disso, ao longo do tempo, a cartilagem nessa região pode se desgastar, levando a condições que requerem intervenções médicas e até mesmo cirúrgicas.
Embora pareça uma intervenção drástica, a cirurgia é indicada de acordo com o caso e depois que outros tratamentos convencionais não surtiram efeito. A ideia é que o paciente reconquiste a sua qualidade de vida e melhore os movimentos do quadril. Assim, podemos dizer que a intervenção cirúrgica é indicada para pacientes que sofrem de dor intensa e perda de função nessa região e buscam aliviar a dor.
No entanto, é importante entender que o sucesso da artroplastia não se resume apenas à cirurgia em si. O processo de recuperação desempenha um papel crucial para os anos seguintes. A recuperação envolve não apenas o descanso pós-operatório, mas também a fisioterapia, que irá trabalhar diretamente na restauração da mobilidade e na melhoria da qualidade de vida.
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Sendo assim, os exercícios devem ser iniciados logo após a cirurgia. Eles têm como objetivo principal melhorar a amplitude de movimento, fortalecer a musculatura na região afetada, aumentar a eficiência da articulação e ajudar a restabelecer o funcionamento normal do quadril. Uma reabilitação adequadamente conduzida, levando em consideração o tempo necessário para a recuperação fisiológica, é de extrema importância. A fisioterapia é um elo essencial na corrente de cuidados após a cirurgia, e seu impacto na recuperação é inegável.
Ainda é importante destacar que a artroplastia de quadril é uma cirurgia de grande porte, e movimentos incorretos ou negligentes durante a reabilitação podem resultar em complicações, como o deslocamento da prótese. Isso pode exigir um retorno do paciente ao centro cirúrgico, prolongando o processo de recuperação e aumentando os riscos. Portanto, os pacientes devem seguir rigorosamente as orientações do fisioterapeuta e se empenhar na sua reabilitação.
Outro aspecto crítico é que a reabilitação não termina após a alta hospitalar. O paciente deve continuar sendo monitorado por um fisioterapeuta para garantir uma recuperação completa e duradoura. Embora possa ser um período desafiador, com a abordagem certa e o apoio adequado, os pacientes podem voltar a viver uma vida ativa e saudável.
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