Coordenador médico do Fleury Fertilidade e PhD em Reprodução Humana. Especializado em infertilidade masculina e conjugal...
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Nesta segunda (11), a ex-BBB Juliette, de 34 anos, usou as redes sociais para contar aos seus seguidores que passou por um procedimento visando poder engravidar no futuro. Tudo correu bem, mas a artista destacou que sentiu incômodos como enjoo e cólicas ao decorrer do processo para congelar seus óvulos.
“Você fica meio enjoada e com um pouco de cólica porque mexeu muito. Já fui medicada, vou descansar um pouquinho, mais tarde eu volto. Foi tranquilo! Daqui a pouco, vida normal”, contou Juliette.
Daniel Suslik Zylbersztejn, coordenador médico do Fleury Fertilidade e PhD, destaca que os sintomas sentidos por Juliette nem sempre aparecem após o procedimento de coleta de óvulos, sendo bem variável de acordo com a sensibilidade de cada paciente. O médico explica as possíveis origens do desconforto:
“As náuseas sentidas pela Juliete podem acontecer devido aos anestésicos utilizados para a sedação do procedimento, sendo bastante passageiro e com rápida recuperação. Já as cólicas são esperadas, pois os ovários foram puncionados (aspirados através de uma agulha fina) e, quanto maior o número de folículos, maior o risco das cólicas aparecerem”.
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Para que serve o congelamento de óvulos?
O congelamento de óvulos é um método de preservação da fertilidade, geralmente buscada por mulheres entre 30 e 35 anos, que buscam aumentar as chances de engravidar no futuro. Seja por motivos pessoais, profissionais ou ainda por ordem médica, ele é feito quando há diagnóstico ou tratamento de alguma questão que possa colocar em risco o potencial reprodutivo atual. “Com a preservação dos óvulos, a mulher pode tentar engravidar tardiamente por meio natural ou fertilização in vitro”, conta Daniel Zylbersztejn.
Como funciona o congelamento de óvulos?
O médico explica que o processo de congelamento de óvulos se inicia com a aplicação de hormônios semelhantes aos produzidos durante o ciclo menstrual (conhecidos como gonadotrofinas), porém, diferentemente do que é produzido pelo próprio organismo, os hormônios entram no corpo em altíssimas doses.
“As injeções de hormônios servem para que os folículos existentes nos ovários sejam recrutados e se desenvolvam para serem puncionados no dia da aspiração dos óvulos. Um folículo pode conter no máximo um óvulo ou pode não ter nada, ou seja, ser um folículo vazio. A cada 10 folículos aspirados, a chance de recuperação de óvulos é de 60 a 70%, ou seja 6 a 7 óvulos são recolhidos e avaliados pelo laboratório de embriologia para serem congelados”.
Ainda de acordo com Daniel, em média o estímulo ovariano com os hormônios injetáveis dura cerca de 9 a 11 dias, sempre controlado por uma série de exames de ultrassom transvaginal para identificar quando o ovário está pronto para a aspiração dos óvulos.
“Quando o ovário está pronto para ser aspirado, a cirurgia para a coleta dos óvulos acontece 36 horas após, em um centro de reprodução humana, onde existe o laboratório de embriologia, responsável pela avaliação e criopreservação dos óvulos”, finaliza.
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