Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1979) e Doutorado em Ciências Médi...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Nesta terça-feira (25), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução em que proíbe a fabricação, comercialização, importação, propaganda e uso de produtos a base de fenol em procedimentos de saúde geral ou estéticos. A proibição ocorreu como consequência da morte de Henrique Silva Chagas, de 27 anos, após realizar um peeling de fenol, no início de junho.
De acordo com a Anvisa, a medida cautelar tem como objetivo zelar pela saúde e integridade física da população, sendo que “até a presente data, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”, justifica o órgão.
Em nota, a agência ainda informa que a determinação ficará vigente durante as investigações conduzidas a respeito dos danos associados ao fenol. “A Anvisa reforça que a medida cautelar foi motivada por preocupações com os impactos negativos na saúde das pessoas e reflete o compromisso da Agência com a proteção à saúde da população brasileira”, finaliza o texto.
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O que é o peeling de fenol?
O peeling de fenol é um procedimento estético invasivo que consiste na aplicação de ácido de fenol na pele para promover uma queimadura química e, consequentemente, estimular a renovação da pele através de descamação. O procedimento promete estimular a produção de colágeno, suavizar linhas de expressão, promover o rejuvenescimento facial e eliminar manchas e cicatrizes de acne.
Quais são os riscos do peeling de fenol?
Em entrevista prévia ao MinhaVida, a dermatologista Denise Steiner explicou que o peeling de fenol pode levar toxicidade a órgãos importantes, como o coração, fígado e rins. Além disso, o procedimento pode causar infecções e queloides na pele. Dessa forma, o método só pode ser realizado por dermatologistas e cirurgiões plásticos em ambiente hospitalar.
“Durante o procedimento, é necessário que o paciente seja acompanhado de perto por aparelhos que monitoram o ritmo cardíaco, a fim de impedir qualquer tipo de complicação”, informou Steiner.
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