Terapeuta Clínica há 15 anos com abordagem cognitiva comportamental. Especialista clínica em Ansiedade, Crise de Pânico...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iA ansiedade não tem uma única face. Às vezes, ela aparece como preocupação excessiva; em outras, como procrastinação, irritabilidade ou até dores físicas.
Embora as crises de ansiedade sejam a forma mais conhecida dessa condição, ela pode se manifestar de diferentes maneiras, muitas vezes de forma silenciosa e sutil, influenciando nosso dia a dia de formas que nem sempre percebemos.
A psicologia aponta diversas maneiras pelas quais a ansiedade pode se expressar. Compreender essas variações é essencial para lidar com o problema da melhor maneira possível. A seguir, conheça cinco sinais de ansiedade que vão além de uma crise.
5 sinais de ansiedade que vão além de uma crise
Quando falamos em ansiedade, muitas pessoas logo imaginam uma crise intensa, com respiração acelerada e sensação de descontrole. No entanto, essa condição pode se manifestar de diferentes formas, afetando desde a produtividade até o bem-estar físico.
Segundo a psicóloga Larissa Fonseca, “a ansiedade pode estar presente em pequenas atitudes cotidianas, sem que a pessoa perceba que isso está comprometendo sua qualidade de vida”. A seguir, a especialista lista cinco sinais que podem indicar que a ansiedade está mais presente do que você imagina:
1. Procrastinação constante
Sabe quando você adia uma tarefa sem um motivo claro? Isso pode ser um sinal de ansiedade. “O medo de não fazer algo ‘perfeito’ ou a preocupação excessiva com o resultado dificultam o início da tarefa, criando um ciclo que aumenta a ansiedade”, explica Larissa. Quanto mais a pessoa posterga, maior se torna o peso mental daquilo que não foi concluído.
2. Dificuldade para manter o foco
Se você sente que sua mente está sempre pulando de um pensamento para outro, dificultando a concentração, isso pode ser um reflexo da ansiedade. “No dia a dia, uma mente ansiosa tende a produzir diversos pensamentos que mobilizam a pessoa. Muitas vezes, ela começa várias atividades sem conseguir terminá-las, quase como se estivesse com várias abas abertas no computador”, comenta a psicóloga.
3. Pensamentos catastróficos
Imaginar sempre o pior cenário possível é outro sinal comum de ansiedade. Mesmo sem motivos concretos, a mente ansiosa cria situações negativas que podem nunca acontecer. “Pensamentos constantes sobre o pior que pode ocorrer, mesmo sem evidências concretas, são um indicativo de ansiedade elevada”, afirma Larissa.
4. Irritabilidade sem motivo aparente
Se ultimamente você tem se sentido impaciente ou reagido de forma exagerada a pequenas situações, vale a pena prestar atenção. “A ansiedade pode se manifestar por meio de reações impulsivas e impacientes, gerando um descontrole emocional constante”, explica a especialista.
5. Dores físicas sem explicação
A ansiedade não afeta apenas a mente, mas também o corpo. Tensões musculares, dores de cabeça e problemas gastrointestinais podem ser sinais de que sua mente está sobrecarregada. “Muitas vezes, dores físicas sem explicação médica podem ser manifestações de ansiedade crônica”, alerta Larissa.
Como lidar com a ansiedade quando ela se manifesta de diferentes formas
Segundo a psicóloga Larissa Fonseca, “técnicas como respiração diafragmática, meditação e terapia ajudam a reduzir a ativação fisiológica”, ou seja, aquele estado de alerta constante que sobrecarrega o corpo e a mente.
Manter uma rotina estruturada pode ser um grande aliado no controle da ansiedade. Estabelecer horários para trabalho, lazer e descanso ajuda o cérebro a funcionar de maneira mais equilibrada. Além disso, aprender a impor limites também é essencial. “Saber dizer ‘não’ reduz sobrecargas externas e evita o acúmulo de responsabilidades que podem intensificar a ansiedade”, explica Larissa.
Outro ponto importante é a prática de atividades físicas. Movimentar o corpo não traz benefícios apenas para a saúde física, mas também para o equilíbrio emocional. “Os exercícios físicos regulares regulam neurotransmissores como serotonina e dopamina, contribuindo para a estabilidade emocional”, destaca a especialista.
Nem sempre é possível controlar a ansiedade sozinho — e tudo bem! Se os sintomas começam a afetar sua qualidade de vida, prejudicando o desempenho no trabalho, os relacionamentos ou até mesmo o sono, é hora de buscar ajuda.
“Se os sintomas de ansiedade impactam negativamente o funcionamento cotidiano, gerando sofrimento constante, é fundamental procurar apoio profissional”, afirma Larissa. Psicólogos e, em alguns casos, psiquiatras podem oferecer intervenções eficazes para aliviar os sintomas e promover mais bem-estar.
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