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Psicólogo Clínico, do grupo Mantevida*, é formado em Psicologia pelo Centro Universitário Mauá de Brasília (UniMauá), co...
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Não é novidade que crescer em um ambiente instável, com brigas e agressividade (seja ela verbal ou física), não é nada saudável. Esse tipo de experiência não só é prejudicial para o indivíduo no momento do ocorrido, como também a longo prazo, levando a pessoa adulta a enfrentar certas dificuldades e a apresentar comportamentos controversos.
Ao MinhaVida, Wanderson Neves de Araújo, psicólogo clínico, do grupo Mantevida, explica como crescer em um ambiente com muitas brigas entre os pais pode impactar os relacionamentos de alguém na fase adulta. Confira a seguir!
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Os comportamentos comuns de pessoas criadas em um ambiente com muita briga
Como consequência das brigas presenciadas durante a infância, as pessoas também desenvolvem comportamentos que podem ser prejudiciais tanto para si mesmas, quanto para seus relacionamentos. Dentre os principais, estão:
- Dependência emocional: procurar constantemente validação e apoio emocional, muitas vezes de forma exagerada;
- Dificuldade em confiar nos outros: ver os pais brigando constantemente pode levar à desconfiança e insegurança em relações futuras;
- Medo de conflito: essas pessoas podem evitar confrontos a todo custo, resultando em comunicação ineficaz e ressentimento acumulado;
- Reprodução de comportamentos tóxicos: alguns podem replicar os padrões de comportamento observados na infância, acreditando que são normais ou inevitáveis;
- Baixa autoestima: sentimentos de inadequação ou falta de valor, que podem afetar negativamente a capacidade de formar vínculos saudáveis;
- Reatividade emocional: reações exageradas a situações de conflito, muitas vezes espelhando as brigas presenciadas na infância.
Como esses impactos podem ser minimizados ao longo da vida?
O psicólogo destaca que embora as brigas presenciadas na infância gere uma série de consequências, existem algumas estratégias e intervenções que podem ajudar a reverter ou minimizar esses impactos na vida adulta. Ele cita:
- Terapia psicológica: “a terapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pode ajudar a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais”;
- Desenvolvimento da inteligência emocional: “aprender a reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções, bem como as dos outros”;
- Melhoria da comunicação: “praticar técnicas de comunicação assertiva para expressar necessidades e sentimentos de maneira clara e respeitosa”;
- Fortalecimento da autoestima: “engajar-se em atividades que promovam o autoconhecimento e a autoconfiança”;
- Exposição a modelos positivos de relacionamento: “observar e aprender com casais que demonstram comportamentos saudáveis e resolver conflitos de maneira construtiva”.
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