
Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
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Você já parou para pensar no quanto a tecnologia facilita a nossa vida? Hoje em dia, é possível pedir comida, resolver problemas do trabalho e até tirar dúvidas complexas com poucos cliques — tudo graças aos avanços da inteligência artificial. É claro que isso tem seu lado positivo: a praticidade é enorme e o tempo que ganhamos é valioso. Mas, por trás de tanta eficiência, existe um efeito colateral que quase ninguém percebe: o chamado sedentarismo cognitivo.
Assim como o corpo precisa de movimento para se manter saudável, o cérebro também exige estímulo constante para continuar funcionando bem. Quando deixamos de exercitar nossas habilidades mentais — como a memória, o raciocínio lógico e a criatividade — porque a tecnologia resolve tudo por nós, corremos o risco de deixar o cérebro “preguiçoso”. E isso pode trazer consequências reais para a saúde mental e a capacidade de aprendizado ao longo do tempo.
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Sedentarismo cognitivo: o efeito negativo da tecnologia
A inteligência artificial revolucionou diversos setores da sociedade, impactando positivamente o trabalho, o entretenimento, a educação e outras áreas. No entanto, uma consequência inesperada surgiu: o sedentarismo cognitivo.
Embora o termo “estilo de vida sedentário” seja comumente usado para descrever a inatividade física, o sedentarismo cognitivo se refere à falta — ou à limitação — de atividade mental, resultado da quantidade de tarefas que a inteligência artificial pode realizar por nós. Ou seja, ela pode incentivar a passividade mental, se não for usada de maneira consciente.
De assistentes virtuais a algoritmos preditivos, a inteligência artificial simplificou muitas tarefas do dia a dia — e isso pode levar à dependência passiva, com consequências significativas.
Assim, o sedentarismo cognitivo pode contribuir para o esgotamento mental, perda de memória, redução da capacidade de concentração e aumento do risco de problemas como ansiedade e depressão, afetando diretamente a saúde mental.
Portanto, embora a inteligência artificial possa (e deva) ser usada no cotidiano para facilitar nossas rotinas, é fundamental estimular a mente com regularidade, exercitando-a por meio de quebra-cabeças, leituras desafiadoras e atividades criativas que combatam a passividade mental promovida pela tecnologia atual.
Utilizar a inteligência artificial como ferramenta para a aprendizagem ativa é a melhor escolha, pois exige pensamento crítico e, ao mesmo tempo, estabelece limites para que o uso passivo não se torne prejudicial.
Sem dúvida, o sedentarismo cognitivo é uma consequência inesperada do avanço da inteligência artificial — mas que pode ser evitada ou combatida para preservar a saúde do cérebro.