
Médico cirurgião plástico formado pela conceituada escola da UFRJ, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plást...
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Antes de adotar qualquer procedimento cirúrgico no rosto, criar uma reserva de colágeno é essencial para prevenir a perda dessa proteína, tão importante para potencializar resultados eficazes e duradouros.
O banco de colágeno pode ser mantido por meio de procedimentos estéticos e uma alimentação saudável, considerada uma fonte natural de estímulo à produção de colágeno no organismo. Começar mais cedo também ajuda a prevenir o efeito de "face derretida", que nada mais é do que o acúmulo de flacidez e a formação acentuada de linhas de expressão.
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Quando começar a criar o seu “banco de colágeno”?
O banco de colágeno pode ser iniciado em torno dos 25 anos, fase em que o organismo, gradualmente, começa a reduzir a produção natural da proteína. Para controlar esse processo, o banco de colágeno autossustentável repara e estimula a produção, mantendo a pele mais firme.
Como o “banco de colágeno” é feito?
Por meio de técnicas injetáveis, o grande destaque são os bioestimuladores dérmicos, que são absorvidos diretamente no tecido que forma a pele. Eles atuam na redução de rugas e devolvem o volume e a elasticidade da região, ao estimular a produção de colágeno perdido. Como os bioestimuladores de colágeno são substâncias injetáveis que incentivam o organismo a produzir mais colágeno, eles melhoram o contorno facial e reduzem rugas e vincos, combatendo a flacidez da pele.
Na prática, o procedimento funciona ao promover uma reação inflamatória leve e controlada no local da aplicação. As células responsáveis pela produção de colágeno, chamadas fibroblastos, são estimuladas a produzir mais proteína. Esse colágeno renovado preenche os espaços vazios, renovando a pele, que ganha aspecto mais firme e volumoso em áreas como bochechas, mandíbula, queixo e pescoço.
O tratamento deve ser realizado exclusivamente por cirurgião plástico ou dermatologista, profissionais capacitados para avaliar a real necessidade e indicar o melhor tipo de substância a ser utilizada como bioestimulador de colágeno.
"Resurfacing": a técnica que potencializa resultados naturais
O rosto apresenta uma anatomia de maior delicadeza, complexidade e importância estética, em qualquer faixa etária. Sendo assim, a cirurgia plástica evoluiu, deixando para trás aquele aspecto de rosto excessivamente esticado e artificial.
O “resurfacing” é o termo usado para quem busca por resultados mais naturais e seguros, unindo técnicas dermatológicas avançadas (procedimentos estéticos) e hábitos saudáveis que resgatam o que há de melhor para o rejuvenescimento facial: o colágeno — proteína responsável pela sustentação, firmeza e elasticidade da pele, músculos e cartilagens.
Na pele, o efeito direto é uma cútis mais firme e homogênea, com redução de linhas de expressão e rugas, além do combate à flacidez, tanto no rosto quanto no pescoço. Com a pele em melhor qualidade, torna-se possível realizar uma cirurgia plástica de menor porte, com intervenção mais discreta, o que evita resultados exagerados. O "resurfacing" atua em todas as camadas da pele, promovendo não apenas o rejuvenescimento, mas também realçando a beleza facial.
O público na faixa dos 50 anos até a terceira idade representa o principal grupo para as intervenções faciais, que englobam face, pescoço e pálpebras. Com a abordagem do envelhecimento de forma integrada, o “resurfacing” visa tratar rugas e flacidez a partir dos 50 anos e, ao mesmo tempo, promover o contorno facial desejado pelos mais jovens, na faixa dos 30 anos, que buscam aprimorar a aparência do rosto.
Independentemente da idade, são fundamentais os cuidados no pós-operatório, a segurança do procedimento e a atenção ao fator psicológico.
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