Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iVarizes são dilatações de veias superficiais dos membros inferiores que alteram o fluxo e a direção da corrente sanguínea, ocasionando os sintomas e podendo levar a formação de fibrose do tecido celular subcutâneo, úlceras (feridas) e a predisposição à trombose (entupimento de veias superficiais e profundas), que são diferentes dos vasinhos, pequenas vênulas dilatadas, vermelhas que aparecem nas pernas e outras regiões do corpo.
"Varizes dos membros inferiores" é uma doença conhecida há muitos anos, sendo que desde a época de Hipócrates já havia relatos desta patologia, e no decorrer de todos estes anos não teve a devida atenção da classe médica, que deu mais atenção às moléstias letais e mais agudas.
Ocorre que até hoje, as varizes dos membros inferiores, chamada pela especialidade de MMII é uma patologia que por ser comum, de lenta evolução, que "não mata", mas maltrata, é relegada à segundo plano pelo paciente que a desenvolveu, apesar de todos os avanços da Medicina.
A partir de algumas décadas surge um novo especialista: o Cirurgião Vascular e Angiologista, médico que estuda e trata das patologias circulatórias periféricas (que exclui o coração), e portando, uma nova maneira de encarar e tratar, dentro das quais se inclui a doença das varizes dos MMII, refletindo melhores resultados no tratamento e na prevenção desta moléstia.
Apesar de tudo, a maioria dos pacientes não trata esta moléstia o que leva à sua evolução gerando uma série de complicações tais como:
1. Edema e cansaço, que podem atrapalhar a marcha e o trabalho habitual;
2. Endurecimento da pele e subcutâneo (dermatofibrose) que piora bastante a marcha e pode levar a anquilose (travamento) completo da articulação do pé ocasionando perda de movimento;
3. Úlceras (feridas) dos pés e pernas, de difícil tratamento, que levam até a imobilização dos membros;
4. Trombose venosa (entupimento da circulação venosa) que leva a inchaço (edema) permanente do membro afetado e piora do quadro de varizes que já existiam, além de poder ocasionar a embolia pulmonar, que por vezes é fatal;
5. Sangramento por ruptura das veias, que pode ser até em grandes quantidades;
6. Flebites superficiais e manchas na pele.
Fica claro que evitando os fatores desencadeantes estamos prevenindo o aparecimento das indesejáveis varizes, já que o fator hereditário é imutável, mas pode ser retardado ou estagnado com uma rotina de exercícios físicos. Como medidas preventivas não engordar, fazer exercícios físicos leves, e evitar hormônios femininos, e se tiver predisposição familiar o uso das meias elásticas.
Sendo assim, quem sofre de varizes dos MMII deve ter em mente que a patologia é grave e sem tratamento pode ser até fatal, e que existe hoje médicos especialistas que sabem tratar e prevenir tal moléstia. Fica o meu alerta para o cuidado com a saúde e as pernas.
Dr. Alexandre Nicastro Filho é angiologista e cirurgião vascular e endovascular CREMESP 25844