Graduada em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Sorocaba em 1980. Especialista em Pediatria pelo Conselho...
iGravar fitinhas foi um dos métodos de conquista mais famosos dos anos 1980. Bem escolhidas e gravadas nas antigas fitas k-7, as músicas ajudavam os jovens a criar o clima de sedução. A mania, no entanto, está longe de ser apenas coisa de adolescente: uma pesquisa que acaba de ser realizada na Universidade de Pittsburgh mostra que as melodias, realmente, interferem na vida sexual desta faixa etária.
Os pesquisadores acompanharam mais de 700 jovens, entre 13 a 18 anos, e descobriram que ouvir letras com menção a sexo motivava os jovens a manter uma vida sexual mais ativa. Segundo a psicóloga Marcia Atik, especialista do MinhaVida, este é mais um dado que alerta para a importância de manter os adolescentes sempre sob cuidados.
Para iniciar a vida sexual, os jovens precisam estar emocionalmente preparados e também ter informações sobre a necessidade de proteção. Levantamentos recentes mostram que, anualmente, um em cada 20 adolescentes contrai uma doença sexualmente transmissível. Além disso, um em cada quatro abortos é realizado em jovens e o vírus da AIDS infecta cinco milhões de pessoas ao ano, sendo mais da metade em menores de 24 anos , afirma. Por isso é importante que os jovens sejam alertados sobre os perigos do sexo.
As doenças psicossomáticas estão cada vez mais comuns. Excesso de preocupações, trabalho com carga horária extra, trânsito e, ao chegar em casa, sentamos calmamente para relaxar e vem o jornal dando noticias trágicas. A mente vai cansando, ficando extenuada, encurralada, sem saída - aí vem a depressão. E na pressa de resolver o problema, saímos da consulta com uma receita de "felicidade em cápsulas e comprimidos", um ao acordar e um ao dormir. Será?
Segundo a OMS, a depressão afeta cerca de 340 milhões de pessoas e causa 85 mil suicídios por ano no mundo. No Brasil, temos cerca de 13 milhões de pessoas com depressão, sendo que 2 a 5 % das crianças sofrem de transtornos depressivos.
Essa, no entanto, não é uma doença atual: Vincent Van Gogh tem um quadro famoso onde retratou um deprimido, Sócrates que se recusava a viver em sociedade, Nietzsche que terminou seus dias atormentado.
A depressão pode começar como uma fadiga da própria realidade: não querer acordar, dificuldade de concentração, perda de interesse nos fatos corriqueiros, tendência ao isolamento. Por vezes não percebemos, mas aquela sensação de não querer sair de casa, receber visitas ou comer algo saboroso pode ser a depressão entrando em sua vida.
A depressão pode ser causada por eventos da vida, tratamentos médicos, síndromes clínicas e síndromes psiquiátricas. Diferente da medicina tradicional, na homeopatia não se trata "a depressão", mas sim os sintomas que ela traz consigo. Durante a consulta homeopática tentamos descobrir o fator causal: Desde quando? O que aconteceu de mais importante que pode ter causado esse incomodo?
Não é possível em homeopatia tratar um paciente que chega a consulta e nos relata que está deprimido e/ou ansioso e/ou com insônia. É muito vago! Eventos da vida, como uma perda afetiva, o desgosto pelo sofrimento de um filho ou de um parente, um revés financeiro, luto, assim como alguns tratamentos clínicos e algumas doenças, como o hipotireoidismo, podem ser acompanhadas de quadros depressivos e, por fim, as síndromes psiquiátricas.
Quando consultamos o "repertório homeopático" (aquele livro enorme que está na mesa dos homeopatas) não encontramos o sintoma "depressão", mas encontramos sintomas muito úteis e interessantes nesta busca do melhor medicamento. Existe um capítulo de título "transtornos por". Ele enumera transtornos e pós qual fato os sintomas passaram a existir: decepção amorosa, antecipação, cólera, raiva, traição, perda, morte, preocupações financeiras, depreciação, surpresas agradáveis, excessos sexuais. Esta listagem segue infinitamente com inúmeras ramificações.
O tratamento de um paciente depressivo seria como trabalhar com um iceberg: vamos medicando o sintoma mais evidente, o que o paciente permite e está mais visível. A partir desse ponto, vamos trocando a medicação até conseguir o melhor equilíbrio. Por isso dizemos que homeopatia cura, mas demora.
Quando me deparo no consultório com um paciente exausto e depressivo, preciso encontrar dentre os medicamentos aquele que resolverá a parte mais grave do problema e de forma rápida. Com o paciente mais tranquilo e equilibrado, retomamos toda a história de vida e vamos adequando a medicação, até chegar ao maior equilíbrio possível. Por isso o homeopata fala e escuta tanto em consulta. Decifrar alguém é uma tarefa e tanto!
Com a repetição do medicamento ensinamos o corpo a reagir de forma menos exuberante aos estímulos do dia a dia, e dessa forma o tratamento pode demorar mais do que um calmante - mas é muito mais duradouro e fisiológico. O paciente tranquilo consegue ter fôlego para resolver o que o atormenta.
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Em qualquer idade e momento obtemos do tratamento homeopático de alta eficácia, baixo custo e ausência de efeitos colaterais. Mas é importante conseguir o relato mais exato possível de sintomas e causas para a escolha mais correta do medicamento, que são inúmeros.
É certo que a depressão pode vir por diferentes causas. Entre elas, devemos ter cautela com as síndromes psiquiátricas. Um paciente com tendência suicida ou ausente de sua realidade deve estar em uso de todos os meios possíveis de acompanhamento e tratamento: um psiquiatra, um terapeuta e medicação alopática bem prescrita. Também é necessário lembrar ao paciente que a vida é um dom para ser curtido, estar com amigos e respirar ao sol - tudo ajuda a sorrir e a felicidade é medicamento. Vemos na medicina psicossomática que doenças são produzidas e eliminadas por uma atitude mais positiva.