Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iSe você gosta de carne suína, não precisa abrir mão dela para montar o cardápio da dieta. Os cortes têm fama de gordos, mas as propriedades nutricionais de alguns deles mostram o contrário. Isso porque a carne de porco consumida hoje é mais saudável do que a consumida há 20 anos, devido a melhora na criação desses animais, como alimentação mais equilibrada, e seleção. "Nesses últimos anos, a carne de porco diminuiu 31% do seu nível de gordura, 14% das calorias e 10% de seu colesterol", diz a nutricionista Patrícia Bertolucci, da PB Consultoria Nutricional, de São Paulo.
A carne de porco é uma fonte de proteína, tornando-se personagem indispensável num cardápio bem montado. Isso porque o nutriente não tem associação direta com o fornecimento de energia ao corpo, como carboidratos e gorduras. Diferente desses grupos, que são estocados no tecido adiposo sob a forma de massa gorda, as proteínas são quebradas em aminoácidos e, depois, trabalham na produção de anticorpos e na formação dos músculos. Portanto, eliminá-las do cardápio significa abrir a porta para agentes infecciosos e, em letras claras, enfraquecer.
Garfada equilibrada
Um prato balanceado leva uma porção de carne suína acompanhada de salada crua, um tipo de carboidrato (arroz, batata ou mandioquinha, por exemplo) ou a dupla arroz e feijão com legumes cozidos. Outra boa opção de acompanhamento são os chamados alimentos adstringentes, como o mamão, a maçã e o abacaxi, que possuem enzimas auxiliares da digestão de proteínas.
Em geral, os cortes de carne de porco ainda são um pouco mais calóricos e gordurosos que os cortes mais magros de frango e carne bovina. Mais são mais magros em comparação aos cortes de frango com pele e carne bovina com gordura. (Veja o box abaixo). Um fatia de 100 gramas de bisteca de porco (crua) tem 8 gramas de gordura enquanto a mesma quantidade de coxa de frango com pele (crua) leva 9,8 gramas de gordura. Mas para não afetar a dieta, a carne nunca deve ser frita, mas sim, sempre cozida, assada ou grelhada e ter a gordura aparente retirada.
Mais motivos para consumi-la
A carne de porco é uma das principais fontes de vitamina B1 (tiamina), que participa do metabolismo energético, melhora o apetite e o funcionamento do sistema nervoso. "Os nervos e músculos dependem desse nutriente para funcionarem perfeitamente", explica a nutricionista. A carne de porco também possui niacina, assim como os outros tipos de carne, que melhoram a saúde da pele e o funcionamento do sistema digestivo.
Compare a carne de porco com outras carnes
Valores calóricos em 100 gramas:
Cuidado com elas
Alimento | Kcal | Gordura |
Lombo do porco (cru) | 176 kcal | 8,8 g |
Bisteca de porco (crua) | 164 Kcal | 8,0 g |
Costela de porco (crua) | 256 Kcal | 19,8 g |
Pernil de porco (cru) | 186 kcal | 11,1 g |
Filé mignon sem gordura (cru) | 143 Kcal | 5,5 g |
Lagarto (cru) | 135 Kcal | 5,2 g |
Picanha com gordura (crua) | 213 Kcal | 14,7 g |
Peito de frango sem pele (cru) | 119 Kcal | 3 g |
Coxa de frango com pele (crua) | 161 Kcal | 9,8 g |
Os cortes de carne suína mais calóricos e gordurosos são a costela, rabo, joelho e orelha. Também devem ser evitados os derivados da carne de porco que são misturas de gordura com a carne de porco. O toucinho, por exemplo, contém 593 kcal e 60,3 gramas de lipídios em cada 100 gramas. Já a linguiça carrega 227 kcal e 17,6 gramas de lipídios na mesma quantidade. Eles também são pouco indicados por conterem conservantes, nitritos e nitratos, que podem ser cancerígenos.
Outro ponto importante em seu modo de preparo é que a carne suína nunca deve ser consumida mal passada pelo risco de contaminação com cisticercose, doença provocada pela ingestão da forma lavária da Taenia solium, micro-organismos encontrados na carne suína contaminada.