Cabelos que não ficam armados , que não têm frizz e que são lisos, mas com volume e balanço, são o sonho de consumo de muitas mulheres. Os salões estão cheios de técnicas para proporcionar madeixas lisinhas, no entanto, decidir por um tratamento definitivo pode gerar arrependimento. Para não depender dessas duas opções somente, entre os cachos e o alisamento com química, há a solução instantânea para ter o cabelão de comercial de TV: a chapinha (ou prancha e piastra). O porém fica por conta do cuidado que o uso do aparelho demanda, já que ele pode originar fios desidratados e sem vida. O hair stylist André de Leoni, do Studio Prime, dá as dicas para não prejudicar a saúde dos cabelos e deixá-los um arraso.
Cabelos encharcados estão vetados
O processo para usar a chapinha é uma jornada. Tem que lavar os cabelos, tirar o excesso de água com a toalha, partir para o secador e, depois, usar o aparelho . A necessidade de agilizar o ritual fez com que os fabricantes lançassem diversas chapinhas que podem ser utilizadas nos cabelos molhados. Mas não se trata de um milagre. Os cabelos não precisam estar 100% secos, como exige uma chapinha normal, mas também não podem estar encharcados. Eles devem estar úmidos. "A chapinha não tem força suficiente para secar os cabelos, por isso eles devem estar pelo menos 80% secos para não serem danificados", explica André de Leoni.
Hidratação é básico
Boa parte da reclamação das mulheres que usam a chapinha fica por conta do ressecamento que ela provoca nos cabelos, após o uso excessivo . Existem modelos à venda no mercado que prometem hidratar os fios ao mesmo tempo que alisam, mas o hair stylist desmistifica essa função. "Hidratar significa colocar água, e a chapinha faz exatamente o contrário: ela retira a umidade do cabelo", explica. Para não deixar os fios desidratados por conta do calor, a dica de André de Leoni é usar e abusar de protetores térmicos e condicionadores sem enxágue para não danificar os fios. "Eles irão criar uma camada protetora entre o fio e o aquecimento da chapinha", completa o hair stylist.
Tecnologia avançada
Outra dúvida que surge na hora da compra é: será que escolho a de cerâmica ou a de titânio? Como explica André de Leoni, a temperatura da prancha de cerâmica é distribuída por toda a superfície da placa de metal e é estável, ou seja, não há oscilações de calor no decorrer do procedimento, o que deixaria os fios mais protegidos - diferente do que ocorre com as de titânio. Por conta disso, não há a necessidade de passar várias vezes a chapinha na mesma mecha para alisar, danificando menos os fios. "Porém, a chapa de cerâmica proporciona um calor maior, de até 200°C, e se não houver cuidado, pode queimar os fios facilmente", explica André de Leoni.
Prancha fina x prancha grossa
Optar por um dos extremos também faz a diferença: enquanto a prancha fina proporciona um alisamento bem rente a raiz, a larga permite que uma maior quantidade de fios seja alisada de uma vez só. A dica do hair stylist é apostar numa chapinha média, pois ela possui a agilidade de manuseio da chapinha fina, mas possibilita que alise uma maior quantidade de fios.