O dr Fabio Krichedorf é pós - graduado e Fellow em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial e Implantes do Vasteras C...
iMuitas vezes a falta de dentes não pode ser resolvida apenas com a colocação de implantes dentários. Em muitos casos é preciso fazer com que toda a estrutura óssea do maxilar e da mandíbula cresça para dar espaço para novos dentes. Por isso, o enxerto de osso nesses locais é necessário para que haja um aumento na área destinada aos implantes dentários.
Com medo do pós-operatório lento e incômodo dessa cirurgia tão invasiva, pacientes muitas vezes preferem conviver com o problema de falta de dentes a passar pelo implante. Mas, uma nova técnica criada no Brasil, chamada técnica Kricheldorf, ou Cirurgia Minimamente Invasiva, consegue deixar a recuperação muito mais rápida e menos incomoda.
O método tradicional de enxerto de ossos consiste em colocar o implante onde existe um defeito ósseo e esperar que a gengiva consiga suportar esse novo volume existente na boca. Para conseguir colocar o implante, que é feito de osso animal, é preciso fazer um corte percorrendo todo o local com deformidade. Contudo, muitas vezes a elasticidade da gengiva não é suficiente, e todo o procedimento é perdido por um rompimento nas suturas feitas pelo cirurgião-dentista. Essa ruptura pode levar a uma infecção ou rejeição da prótese. Além disso, quando a falta de ossos é muito grande, o paciente precisa passar por uma anestesia geral e ficar em ambiente hospitalar para realizar a cirurgia.
Baseado nessa probabilidade e risco cirúrgico, eu e uma equipe de profissionais do Hospital Dona Helena em Joinville, criamos um novo método menos invasivo para a colocação de implantes dentários, chamado método Kricheldorf ou Cirurgia Minimamente Invasiva. Essa nova técnica já foi apresentada em eventos internacionais no Brasil, Estados Unidos e Alemanha com grande repercussão pelo avanço no campo de cirurgias cada vez menos agressivas, dolorosas e com alta taxa de sucesso.
A técnica Krichledorf é feita em duas fases. A primeira substitui a incisão gengival que acompanha todo o contorno da deformidade óssea por uma micro-incisão distante da atrofia. Uma espécie de canal é feito para conseguir ligar a abertura feita pela micro-incisão ao local com carência de ossos. Através desse canal, um expansor elástico é colocado na área onde o implante será feito, para que a gengiva se expanda gradativamente.
Após 14 dias é realizada a segunda fase do procedimento. O expansor é retirado e através de uma seringa, e no local criado por ele é colocado um material sintético à base de cálcio e fosfato que é totalmente isento de qualquer organismo que possa provocar rejeição. As duas fases não levam mais do que 15 minutos para serem feitas, e ambas são feitas com anestesia local.
É claro, que assim como nas outras técnicas de enxertos, deve-se aguardar o período de calcificação e formação do novo osso, que pode variar entre quatro e oito meses, para então colocar os implantes dentários sem complicações. Além disso, o acompanhamento de um profissional sempre é necessário par que qualquer imprevisto seja controlado sem dificuldades.
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