Glaucia Helena Zeferino, formada em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, formação cirú...
iAs cirurgias de rejuvenescimento facial desenvolveram-se nas últimas décadas em decorrência do investimento científico em novas técnicas e a enorme colaboração da comunidade médica de todo o mundo. Recentemente, o uso do plasma rico em plaquetas (PRP) e do plasma pobre em plaquetas (PPP) tornou-se um avanço na condução destes casos.
Os resultados de uma análise qualitativa de casos clínicos evidenciam uma melhor integração entre a pele do rosto e os preenchimentos faciais quando o PRP é usado simultaneamente com o PPP para melhorar adaptação dos retalhos de ritidoplastia com a pele. Desta forma, os achados clínicos são concordantes com a literatura internacional e incentivam a prosseguir no desenvolvimento de técnicas cada vez mais apuradas e seguras no tratamento dos pacientes.
O procedimento é relativamente simples. Cerca de 20 ml de sangue do paciente são colocados em um tubo com anticoagulante, que evita a coagulação do sangue, permitindo a estabilidade do fator de agregação plaquetária. Em seguida, o líquido é centrifugado por dez minutos num aparelho específico utilizado em laboratórios clínicos e acrescenta-se cloreto de cálcio, que estimula a ruptura das plaquetas.
Para que o paciente possa se submeter a esse procedimento primeiro é necessário um hemograma em que se constata qualquer alteração sanguínea, uso de medicamentos anticoagulantes ou que possuem infecção ativa, que podem prejudicar o bom resultado do tratamento estético. Mas, de uma maneira geral, o PRP é indicado para todas as pessoas acima dos 35 anos com flacidez moderada, e pode ser aplicado no rosto, colo, pescoço e dorso das mãos.
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São necessárias, em média, três sessões (uma por mês) sendo que os resultados começam a aparecer 15 dias após a primeira aplicação. A manutenção varia de acordo com o grau de flacidez e pode ser feita a cada seis meses ou um ano. No Brasil são poucas as clínicas de estética que trabalham com o procedimento. O tratamento está em fase de testes na Stelle, e será publicado em revista científica para aprovação do método antes da disponibilização aos clientes.
Minha experiência diz que o tratamento ainda não possui total comprovação científica, mas apresenta resultado satisfatório para os pacientes. Por isso, é preciso conhecer o médico ou especialista antes de realizar esse procedimento ou qualquer outro tratamento estético.
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