Graduado em Medicina (1972) pela Escola Paulista de Medicina EPM/UNIFESP – instituição federal, onde fez residência em C...
iA hipoglicemia funcional é causa de muitos sintomas e problemas, muitas vezes confundindo diagnósticos. Atualmente ela é extremamente frequente, principalmente devido aos hábitos alimentares modernos.
Mas afinal, o que é hipoglicemia? É a queda da concentração de açúcar (chamada glicose) no sangue. Curiosamente ocorre justamente pela ingestão exagerada do próprio açúcar. Não é a ingestão isolada que provoca a hipoglicemia, mas aquela que é frequente e constante.
Por que o excesso de açúcar provoca sua queda no sangue? Geralmente é difícil explicar isso para as pessoas, pois logicamente comendo mais deveríamos ter mais. Ocorre que ao comermos frequentemente e em grande quantidade, o açúcar acaba provocando uma produção de insulina maior do que o normal.
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, que por sua vez não tem a função de queimá-la, como muitos pensam, mas sim de fazer com que a substância entre nas células do corpo, para fornecer a energia necessária ao seu funcionamento.
Todos os tipos de açúcar provocam hipoglicemia? Não. Os que estimulam demasiadamente o pâncreas são aqueles chamados de simples, os carboidratos ou açúcares simples. Eles são absorvidos rapidamente no aparelho digestivo e estimulam intensamente a produção de insulina, que por sua vez introduz muito açúcar nas células, provocando a queda da glicose no sangue (a hipoglicemia).
Exemplos de carboidratos desse tipo são todos os tipos de açúcar (mascavo, cristal, refinado), doces, todas as farinhas brancas e seus derivados (pão, bolos, pizza e outros), arroz branco, frutas como o abacaxi, a melancia, e a banana, batata, mandioca e outros.
Os sintomas da hipoglicemia são vários e podem confundir o diagnóstico. O cérebro precisa constantemente estar utilizando a glicose para funcionar e quando sente sua falta provoca uma série de sintomas, como sudorese, tonturas, tremores nas mãos, fome, sensação de morte, pânico, angústia, depressão, taquicardia, confusão mental e até desmaios.
A falta de diagnóstico da causa desses quadros leva muitas vezes o paciente a vários especialistas, tais como cardiologistas, psiquiatras, neurologistas, e outros que acabam por receitar vários remédios. No entanto, fazer o diagnóstico laboratorial e fornecer uma orientação alimentar resolve o problema.
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