Reumatologista pela Faculdade de Medicina de Itajubá com especialização em reumatologia pelo Hospital do Servidor Públic...
iHá uma aparente contradição no fato de morarmos em um país tropical - onde faz sol praticamente o ano todo - e, ainda assim, apresentarmos níveis tão baixos de vitamina D no organismo. A vitamina é essencial para a o desenvolvimento e fortalecimento dos ossos e do nosso sistema autoimune, além de atuar na secreção de insulina e ajudar a prevenir diversas doenças, como o câncer.
A resposta para esta contradição está no estilo de vida moderno. Estamos cada vez mais fugindo do sol. A prática de atividades físicas passou a ser em locais cobertos e o lazer também acontece em recintos fechados, como o shopping. Assim, fica difícil garantir a exposição solar diária recomendada.
O medo das doenças de pele também tem impacto sobre o hábito tão atual de evitar o sol no dia-a-dia. Porém, tomar sol é muito importante nesse caso, pois são os raios UVB responsáveis pela síntese da vitamina D feita por nossa pele. Para suprir a quantidade de sol recomendada para todas as faixas etárias, basta expor braços e pernas ao sol por um período de 10 a 15 minutos, todos os dias, antes das 10h ou após as 16h.
O detalhe é que o uso do protetor solar não pode nem deve ser dispensado. Ele filtra os raios UVB, essenciais para a síntese de vitamina D, porém, não consegue bloqueá-los totalmente. O sol não é um vilão e sua ação é fundamental para o nosso organismo. A exposição exagerada e em períodos impróprios é que causa danos à saúde.
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