Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iMães que fumam no início da gravidez têm mais probabilidade de que seus bebês nasçam com defeitos cardíacos, segundo um estudo publicado na revista Pediatrics. A pesquisa, patrocinada pelo Centers for Disease Control and Prevention (Centro de controle e prevenção de doenças norte-americano), mostra que as mulheres que fumaram em algum momento do mês anterior à gravidez até o fim do primeiro trimestre tiveram maior probabilidade de dar à luz crianças com determinadas cardiopatias congênitas, em comparação com as mulheres que não fumaram durante o mesmo período. A correlação foi mais forte entre as mulheres que disseram ter fumado muito durante esse período.
A pesquisa também descobriu que um dos defeitos de nascimento mais comuns nos recém-nascidos com problemas no coração é a alteração do septo ventricular, um buraco entre os ventrículos direito e esquerdo do coração. Os pesquisadores também descobriram defeitos conotruncais (circulação sanguínea insuficiente desde o ventrículo), obstrutivos do lado direito (bloqueio do fluxo sanguíneo no lado direito do coração) ou esquerdo.
Muitos bebês com cardiopatia congênita morrem no primeiro ano de vida e aqueles que sobrevivem muitas vezes requerem muitas cirurgias, prolongadas internações e tratamento ao longo da vida para tratar as deficiências associadas a este defeito de nascimento.
Segundo o cardiologista do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, Bruno Caramelli, casos de cardiopatia congênita são raros. Entretanto, como hoje em dia se tem baixa mortalidade no período perinatal e há mais qualidade na saúde das gestações, quadros como este, quando ocorrem, pegam muitos pais desprevenidos. "Cardiopatias congênitas são graves e acontecem associadas a outros problemas, como a Síndrome de Down, por exemplo", afirma. Por isso, segundo o médico, em qualquer situação de defeito congênito, a doença cardíaca também deve ser imediatamente investigada.
Mulheres que fumam também devem saber que, além do tabaco ser uma possível causa de defeito no coração, existem outras preocupações:
- Fumantes têm mais dificuldade para engravidar;
- Mulheres que fumam durante a gravidez têm mais probabilidade de ter um aborto espontâneo;
- Fumar durante a gravidez causa problemas graves de saúde para a mãe e o bebê. Por exemplo, o tabagismo é uma causa de problemas na placenta, a fonte que fornece oxigênio e nutrientes para o bebê durante a gravidez;
- Fumar durante a gravidez pode causar parto prematuro e baixo peso, tornando o bebê mais vulnerável a adoecer ou morrer;
- Bebês nascidos de mães que fumaram durante a gravidez têm mais probabilidade de ter defeitos congênitos, como lábio leporino ou fenda palatina.
Saiba mais: Inseminação artificial: como funciona a fertilização