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Um estudo feito por pesquisadores suecos e publicado no European Heart Journal mostrou que a retirada cirúrgica do apêndice e das amígdalas de pessoas com menos de 20 anos faz crescer a probabilidade de ter um ataque cardíaco após a cirurgia. De acordo com a pesquisa, a amigdalectomia aumenta os riscos em 44% e a apendicectomia, em 33%. Em caso de retirada de ambos, a porcentagem é ainda maior.
A pesquisa foi baseada em arquivos médicos de pessoas nascidas entre 1955 e 1970, identificando quais delas tiveram ou não as amígdalas e o apêndice removidos. Cada um dos 54.449 pacientes que tiveram apêndice removido e 27.284 pacientes que tiveram a amígdalas removidas foram, então, acompanhados por cerca de 20 anos. Desse total, 89% e 47%, respectivamente, tiveram ataques cardíacos fatais ou não fatais após a cirurgia.
Além disso, pessoas que realizaram a cirurgia de remoção após os 20 anos apresentaram riscos menores de ter um ataque cardíaco em relação aos que fizeram antes dessa idade. De acordo com os pesquisadores, o motivo mais provável é o fato de que, após a adolescência, o apêndice e as amígdalas desacelerem suas funções no organismo, tornando-se menos essenciais.
Os dois órgãos fazem parte do sistema imunológico humano, mas têm importância reduzida se comparados aos demais. Por essa razão, quando um paciente sofre de apendicite ou amigdalite - inflamação no apêndice e na amígdala, respectivamente - a remoção se tornou um procedimento usual.
Proteja seu coração
O número de mortes provocadas anualmente por doenças cardiovasculares é alarmante, mas com simples mudanças de hábito é possível proteger esse órgão vital. Veja algumas recomendações:
Evite altos níveis de estresse
A ansiedade aumenta a liberação de cortisol no organismo, hormônio que faz crescer a concentração de glicose no sangue, desencadeando problemas como diabetes, altos níveis de triglicérides e descontrole de colesterol. Este último causa hipertensão e obstrui as artérias do coração.
Opte por óleos vegetais
Segundo a nutricionista Roberta Stella, as gorduras monoinsaturadas presentes no óleo de canola e no azeite de oliva ajudam a reduzir as taxas de LDL, o colesterol ruim. Já os óleos vegetais ricos em gorduras poli-insaturadas, como o de soja, girassol e milho, aumentam os níveis de HDL, o bom colesterol.
Invista nos vegetais
O consumo de proteínas de origem vegetal está associado à redução da pressão arterial.
Diminua o consumo de sal
A ingestão recomendada por dia é de apenas 6 gramas. Mas lembre-se: nesta porção, estão incluídas as porções de sal que você acrescenta à comida e aquelas que já estão em outros alimentos prontos que você consome ao longo do dia.
Prefira peixes ao invés da carne
Principalmente a carne vermelha apresenta uma quantidade maior de colesterol. Além disso, os peixes contêm ômega 3, reconhecido como um nutriente cardioprotetor, isto é, que beneficia a saúde cardiovascular.