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É comum os casais terem brigas no namoro, com dificuldades para resolver pequenas desavenças do dia a dia, optando, na maior parte das vezes, por "deixar passar".
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O que acontece, então, é o que chamamos de efeito bola de neve. Pequenos incômodos se juntam a outros e mais outros, formando um "problemão", capaz até mesmo de provocar o fim do namoro.
Para evitar o acúmulo desses conflitos, psicólogos especializados em terapia de casal propõem soluções aos principais desentendimentos que os casais costumam ter.
1. Esquecer datas importantes
Problema: ele(a) nunca se lembra das datas importantes do casal.
Solução: se o parceiro costuma se mostrar atencioso na maior parte do tempo, talvez guardar datas seja uma simples dificuldade. Uma saída, sugerida pela psicóloga Lúcia Serrão do Nascimento é avisá-lo de forma descontraída, como "nosso aniversário está chegando, hein?", ou mesmo combinar um programa previamente.
Mas se ele simplesmente não dá valor a algo importante para você, talvez esteja na hora de rever a relação e conversar.
2. Ciúme
Problema: ele(a) é muito ciumento(a).
Solução: qualquer excesso é prejudicial e, nesse caso, a culpa não é somente daquele que sente ciúmes, mas também do outro, que permitiu tal comportamento.
A melhor forma de resolver é ter uma conversa franca e procurar entender o motivo desse sentimento.
Apesar de parecer inofensivo, o ciúme é considerado uma doença pelos psicólogos e, dependendo do estágio, a melhor solução é buscar ajuda profissional, como psicoterapia.
3. Dinheiro
Problema: ele(a) gasta demais.
Solução: se o casal tem planos de investimento, é justo que ambos contribuam de forma equilibrada. "Todo mundo tem direito a gastos pessoais, mas deve haver um planejamento", explica o psicólogo Antonio Carlos Alves de Araújo. Quem sabe estabelecer uma cota não seja uma boa ideia?
Se os gastos de um incomodam o outro, deve-se pensar se essa compulsão não é uma tentativa de preencher alguma carência do próprio relacionamento.
4. Contato com o(a) ex
Problema: ele(a) mantém contato com o(a) ex-namorado(a).
Solução: tente entender quais laços ainda unem seu parceiro ou parceira ao ex-relacionamento. Se, por exemplo, a relação gerou um filho, é inevitável e até justo que a ligação seja mantida.
Outra possibilidade é o ex ser usado apenas para causar ciúme, mas também é possível que tenha restado um vínculo de amizade.
Aqui, cabe um questionamento para quem mantém o contato: é realmente essencial manter essa amizade que tanto incomoda o parceiro atual? Tente conversar com seu companheiro(a) sobre isso.
5. Esquecer sempre as mesmas coisas
Problema: ele(a) sempre esquece as mesmas coisas.
Solução: conviver intimamente com alguém não é fácil. Todo mundo tem manias ou mesmo hábitos que podem incomodar o outro. O essencial é comunicar o aborrecimento, por menor que ele pareça, e quantas vezes for preciso.
"Não adianta ficar reclamando. É preciso sentar e conversar seriamente sobre o assunto", conta a psicóloga Lúcia.
6. Só pensa em trabalho
Problema: ele(a) é viciado(a) em trabalho.
Solução: de um lado, mergulhar de cabeça em uma atividade pode ser uma forma de fugir da realidade. Será que a pessoa realmente quer estar nesse relacionamento?
Por outro lado, se o casal tiver planos de comprar um apartamento, por exemplo, alguns sacrifícios se justificam, lembrando que, para tudo, deve haver um limite. Converse com seu amor e estabeleça um equilíbrio entre o trabalho e um tempo para vocês dois.
7. Tempo apenas para amigos
Problema: ele(a) sempre tem tempo para os amigos, mas não para mim.
Solução: é perfeitamente saudável que o casal mantenha sua individualidade, mas "quem realmente quer estar em um relacionamento sério não pode agir como se ainda estivesse solteiro", analisa o psicólogo Antonio.
Se seu parceiro ou parceira dá muito mais prioridade aos amigos do que a vocês, isso mostra que o parceiro não está pronto para a relação ou que ele está se sentindo sufocado e, por isso, busca te evitar.
Nesse caso, o melhor é refletir se ainda vale a pena estar em um relacionamento desgastante, que pode ter se transformado em uma "pedra no sapato".
8. Acha que sempre tem razão
Problema: ele(a) sempre acha que está certo(a), que é dono(a) da razão.
Solução: até mesmo na relação entre um casal de namorados pode existir disputas de poder. Uma prova clara disso é a tendência de um deles sempre ceder mais que o outro. Mas, para existir um controlador, deve haver um submisso.
Então, o problema, na verdade, pode estar mais acentuado na pessoa que sempre aceita as coisas do jeito do outro. Será que isso não mostra medo de guiar sua própria vida?
9. Espalha nossos segredos
Problema: ele(a) não sabe guardar nossa intimidade e sai espalhando nossos segredos.
Solução: é verdade que as pessoas têm necessidade de partilhar suas vidas com outras. Entretanto, em uma relação a dois, a intimidade deixa de ser do indivíduo e passa a ser do casal. Isso quer dizer que, se o parceiro se sentir incomodado com o excesso de trocas de informação, ele deve expor essa insatisfação e merece ser respeitado.
Se seu parceiro(a) persistir, talvez ele possa estar utilizando da intimidade de vocês para se vangloriar aos amigos, como se você fosse uma espécie de "troféu". Neste caso, vale a pena avaliar se o relacionamento é mais voltado a vocês dois ou a impressionar pessoas externas à relação. Caso for a primeira opção, reveja se vale a pena continuarem juntos.
10. Modo de se vestir
Problema: as roupas dele(a) me incomodam.
Solução: o parceiro deu uma reviravolta no armário por acaso ou foi você quem passou a se sentir incomodado de repente? Na maior parte dos casos, o surgimento do incômodo nada mais é do que ciúme. Principalmente diante de roupas justas, curtas ou elegantes, que, na sua mente, deixam seu companheiro ou companheira ainda mais atraente e provocativo.
Há casos, entretanto, em que o parceiro de fato ultrapassou o limite (exemplo: trajes inadequados ou muito informais para o código de conduta do trabalho). Por isso, acima de tudo, use o bom senso e mantenha uma conversa franca a respeito. Dê sua opinião, mas sem ultrapassar o respeito ao modo de ser do outro.
11. Sogra(o)
Problema: minha sogra e/ou sogro me critica e ele(a) não me defende.
Solução: não importa se é mãe, filho, irmão ou tia. Respeito é bom e todo mundo merece. Por isso, por mais delicado que seja o assunto, tudo deve ser dialogado com o(a) companheiro(a).
Não há problema no fato de a sogra ou sogro querer participar da vida do casal, mas limites devem ser estabelecidos.
Segundo conta a psicóloga Lúcia, por mais evidente que seja essa intromissão exagerada, muitas vezes os filhos não percebem, pois estão acostumados com o comportamento dos pais, principalmente por parte da mãe.