Formada em Psicologia há 23 anos pela Unifil, pós graduada em Obesidade e Transtornos Alimentares pela PUC-PR.Hipnoterap...
iSegundo as estatísticas recentes a obesidade infantil vem crescendo assustadoramente em nosso país, e alguns dos fatores apontados como sendo disparadores inclui as mudanças alimentares e a grande oferta de produtos hipercalóricos, seguidos de pouca atividade física.
Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, indicam que, em 20 anos, os casos de obesidade mais do que quadruplicaram entre crianças de 5 a 9 anos, chegando a 16,6% (meninos) e 11,8% (meninas). A situação vem se agravando nos últimos anos, preocupando os profissionais da área de saúde e também pais e professores.
Nossa realidade não permite mais crianças brincando nas ruas, andando de bicicleta o dia todo, como fazíamos há alguns anos atrás. Fomos tolhidos da liberdade de deixar nossas crianças à vontade, usufruindo dos prazeres dos jogos de bola em frente de casa. O hábito de ir para a escola sozinhos também se tornou escasso, pois fomos tomados pelo medo em função dos riscos atuais em nossa sociedade.
Atualmente, brincam dentro de casa no turno que não estão na escola, em frente a computadores, vídeo games, ou televisão. Para acompanhar essa inércia, um pacote de bolacha ou outra guloseima que se encontra na dispensa de casa.
Muitas vezes os pais estão no trabalho, e os filhos estão em casa sozinhos, acabam consumindo o que tem de mais fácil e disponível.Outro fator que vem acelerar o processo de obesidade infantil é a grande oferta de produtos hipercalóricos, como sanduíches, batatas, sorvetes, entre outros que facilmente são adquiridos e consumidos em grandes quantidades.
Como ir ao shopping sem adquirir produtos que estão gritando para serem consumidos? Propagandas maciças estão por toda parte, como também a oferta de brinquedos que vem juntos aos lanches, que seduzem as crianças. Letreiros brilhantes dos fast foods se destacam chamando a atenção, levando ao consumo de seus produtos.
Diante dessa situação a que estamos expostos, precisamos traçar algumas estratégias que possam favorecer as crianças, levando-as a comer de forma mais saudável e queimando calorias.
Atualmente as escolas oferecem atividades no contra turno, favorecendo a prática de esportes durante a semana. Além disso, os pais podem se programar para levá-los ao parque para que possam correr com liberdade, andar de bicicleta, jogar bola, pular corda, skate, enfim, desenvolvendo uma série de atividades que favoreçam a atividade física de seus filhos, tirando-os da ociosidade.
Outra forma de controlar o aumento da obesidade é controlar melhor o que os filhos consomem, disponibilizando alimentos mais saudáveis e também saborosos. Existem vários sites e cursos que focam nesse aspecto, para que a comida se torne atrativa preservando a qualidade da alimentação. Convidar os filhos para fazerem a feira juntos, ajudar a selecionar os alimentos, será um grande passo a ser conquistado para aprenderem a consumir alimentos mais saudáveis.
Pequenas mudanças na rotina dos filhos como também na alimentação, será de grande importância para desacelerar a epidemia de obesidade que vem crescendo no mundo. Cabe aos responsáveis tomarem atitudes corretas para que seus filhos não entrem na crescente estatística da obesidade.
Saiba mais: Proteja seu filho da obesidade infantil