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As mulheres grávidas que decidem induzir o parto sem razão médica estão assumindo riscos desnecessários para a sua saúde e para a do bebê, diz um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A preocupação dos médicos com esse procedimento aumentou nos últimos anos, já que a indução de partos por reivindicação da mãe se transformou em uma prática muito comum.
Durante o estudo, foram analisados 37.444 partos de risco, dos quais 11.077 foram induzidos. Foi registrado um total de 1.847 partos induzidos por escolha voluntária da mãe, 4,9% do total. Nestes casos, as mulheres apresentaram mais probabilidades de precisar de anestesia durante o parto, três vezes mais chances de ingressar na unidade de terapia intensiva, assumiram risco cinco vezes maior de terem que retirar o útero após o parto e precisaram mais de remédios para reduzir hemorragias.
O estudo demonstra que, nos partos induzidos, o risco de cesárea e de outras intervenções cirúrgicas é mais elevado e a necessidade de um tempo para a recuperação é maior, o que acarreta maiores gastos médicos.
Não houve constância de riscos para os bebês, exceto pelo fato de que as mães apresentaram risco 22% maior de não produzir leite sete dias depois do parto.
A recomendação da OMS é que indução de parto seja feita somente em casos justificados por razões médicas e ressalta que os riscos de resultados adversos maternos não compensam os benefícios.
Vitaminas antes do parto
Um estudo que será publicado no American Journal of Clinical Nutrition revelou que mulheres que tomam multivitamínicos durante a gestação têm menos chances de gerar um bebê prematuro, abaixo do peso e com defeitos no tubo neural. A análise foi liderada por um cientista da University of Pittsburgh, nos Estados Unidos.
A pesquisa contou com a colaboração de 36 mil mulheres dinamarquesas que faziam parte do registro nacional de nascimentos. Todas foram questionadas sobre o uso de multivitamínicos nas semanas anteriores à concepção. Cerca de 60% delas declararam fazer uso do composto. Em seguida, foram observados os fatores de risco que envolviam a gestação, como tabagismo, idade e obesidade.
Os resultados apontaram que mulheres dentro do seu peso ideal - e até um pouco abaixo dele - que tomaram multivitamínicos durante as semanas que antecederam a concepção apresentaram um risco 16% menor de ter complicações no parto e com o bebê do que aquelas que não tomavam o composto.
Segundo os pesquisadores, fica clara a evidência dos benefícios do consumo de suplementos vitamínicos em um período próximo à concepção, especialmente as do complexo B, como o ácido fólico, encontrado em alimentos como espinafre e brócolis.
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