Sérgio Costa é medico ortopedista formado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), onde fez residência em ortopedia e...
iA cada dia, mais e mais pacientes me procuram com osteoartrose nos joelhos, ombros ou nos quadris e a queixa é sempre a mesma: dor intensa, rigidez e dificuldade de movimentação.
A osteoartrose nada mais é do que o desgaste articular progressivo que acomete a cartilagem, o osso, a musculatura, entre outras partes do corpo. Ela pode atingir qualquer articulação, mas as mais comuns são as dos joelhos, quadris e ombros.
A progressão da doença sofre variações de acordo com os genes de cada um, mas, certamente, a obesidade, o sedentarismo e um histórico de fraturas antigas podem influenciar no problema, acelerando e, muito, a doença.
Quanto mais preciso e precoce o diagnóstico for feito, melhor, pois assim, o tratamento pode garantir uma boa qualidade de vida.
Tratamentos conservadores, como fisioterapia, alongamento, atividades de pouco impacto, entre outros, tem por objetivo devolver a amplitude dos movimentos, o equilíbrio e a força muscular de articulação doente, reduzindo a dor articular.
Deve-se tomar muito cuidado com tratamentos medicamentosos. No mercado, existem inúmeros medicamentos, divididos basicamente em duas classes: os antiinflamátorios e os antiartrósicos. Os primeiros agem rapidamente, melhorando a dor durante uma crise, mas seu uso crônico ou sem prescrição médica deve ser desestimulado, uma vez que os efeitos colaterais são muitos e prejudiciais à saúde.
Já os antiartrósicos têm algum resultado positivo nas artroses iniciais, quando associados a medidas como a retomada das atividades físicas e a redução do peso corporal.
Só para esclarecer, o uso de cálcio, chás, sementes e outras substâncias pouco ou nada têm a ver com osteoartrose ou sua evolução. Também não confunda o problema com a osteoporose ,da qual falarei em outra oportunidade.
No caso de artroses graves com sintomas limitantes e dor intensa ou bloqueio articular, o tratamento cirúrgico é a melhor resposta.
As próteses (artroplastias)
Com o desenvolvimento tecnológico, as próteses atuais podem duram entre 10 e 15 anos.
Atualmente, a cirurgia de artroplastia é cada vez mais difundida e os resultados têm sido cada vez melhores. Com um pré-operatório adequado, com a escolha da melhor prótese para cada caso e com uma equipe experiente e bem treinada, o resultado certamente será a melhora da dor em mais de 90 % e uma melhora significativa na qualidade de vida.
Algumas próteses permitem o retorno a atividades esportivas leves como caminhada, partidas de tênis e golf. A musculação e o alongamento também são ótimos pra restabelecer a estabilidade articular e são sempre recomendados.
As próteses deixaram de ser um mito assim como a idade. A longevidade dos pacientes com o problema cresceu muito, assim como o desejo de alcançar uma vida saudável mesmo após os 80 anos.
Portanto, para aproveitar experiências físicas e intelectuais com liberdade e autonomia, é essencial controlar doenças crônicas como a osteoartrose.
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