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iAo contrário de demência, uma doença crônica e progressiva de desorientação mental, o delirium é um estado agudo de súbita confusão muitas vezes marcado pela falta de atenção, desorientação, e, às vezes, alucinação. Um novo estudo, realizado pelo St. Michael's Hospital (Canadá) analisou dez pesquisas anteriores e indentificou uma gravidade da doença em pessoas que já tiveram AVE (popularmente conhecido como AVC).
Ao todo, as pesquisas englobavam 2000 pacientes que tiveram derrame. Até 30% desses pacientes hospitalizados após um acidente vascular encefálico desenvolveram um quadro de delirium. Esses indivíduos tiveram cinco vezes mais probabilidade de morrer e, além de passarem mais tempo no hospital, foram com mais frequência a hospitais de retaguarda e casas de repouso.
Pacientes podem ter delirium a qualquer momento após um acidente vascular cerebral. No entanto, quando ele ocorre entre sete e dez dias após o evento, é comumente relacionado a uma complicação, como uma infecção respiratória ou urinária.
Ao reconhecer os fatores de risco associados, tais como idade, gravidade do acidente vascular encefálico, infecções, uso de narcóticos e o comprometimento cognitivo, os médicos podem ficar mais atentos aos sinais de delirium e usar intervenções precoces.Medidas simples ajudam a manter a orientação, como manter relógios no quarto do paciente, juntamente com quadros, em que são escritas as datas diariamente, manter a luz natural durante o dia e o silêncio durante a noite.
Saiba como evitar derrames
O AVE (anteriormente chamado de AVC) é responsável pela morte de cinco milhões de pessoas no mundo a cada ano, de acordo com a OMS. Mas é possível se prevenir de um derrame, já que a maioria dos fatores de risco para o quadro clínico pode ser evitada. Conheça esses fatores e saiba como combatê-los.
Controle a pressão alta
O neurologista André Lima do Hospital Barra D'or, especialista em prevenção do derrame, explica que as paredes internas das artérias sofrem traumas por causa do fluxo do sangue mais forte. "Esses traumas formam pequenos ferimentos nas paredes, que podem obstruir a passagem do sangue (AVC isquêmico) ou romper a parede da artéria (AVC hemorrágico)".
Largue o cigarro
Substâncias do cigarro fazem com que a coagulação do sangue aumente. Com isso, o sangue fica mais grosso e fluxo nas artérias, por sua vez, fica prejudicado, aumentando as chances de um derrame.
Saiba mais: Apneia do sono triplica risco de derrame
Diabetes
O excesso de glicose no sangue - característica do diabetes - aumenta a coagulação do sangue e o deixa mais viscoso. "Isso diminui o fluxo de sangue das artérias e pode levar a um AVC", conta André Lima.
Doenças do coração
De acordo com o neurologista André Lima, arritmias cardíacas podem formar pequenos coágulos dentro das artérias e veias do coração. "Esses coágulos podem ser enviados às artérias cerebrais, provocando um AVC isquêmico", explica.
Sedentarismo e obesidade
A prática de exercícios físicos é fundamental para controlar praticamente todos os fatores de risco de AVC. Por outro lado, a falta desse hábito e a obesidade só aumentam as chances.
Má alimentação
Uma vez que diabetes, colesterol, obesidade e hipertensão aumentam as chances de AVC, todos os cuidados para controlar essas doenças servem de prevenção - e a alimentação ganha destaque.