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A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta terça-feira (26) que iniciaram o ensaio clínico para testar uma nova versão de sua vacina, produzida especificamente para combater a nova variante Ômicron da COVID-19.
De acordo com as empresas, o teste contará com a inscrição de até 1.420 adultos saudáveis com idades entre 18 e 55 anos e avaliará se a vacina para a Ômicron é segura e se gera uma forte resposta imune.
O estudo também irá analisar quão bem a vacina modificada funciona em pessoas não vacinadas, bem como em pessoas que já tomaram as duas doses e a de reforço.
Contando com voluntários nos Estados Unidos (EUA), os participantes do teste serão divididos em três grupos: pessoas vacinadas com as duas doses da vacina, pessoas totalmente vacinadas e com a dose de reforço e pessoas não vacinadas.
"Embora a pesquisa atual e os dados mundiais mostrem que os reforços continuam fornecendo um alto nível de proteção contra doenças graves e hospitalização pela Ômicron, reconhecemos a necessidade de estarmos preparados caso essa proteção diminua com o tempo e potencialmente ajudar a lidar com a Ômicron e novas variantes no futuro", disse Kathrin U. Jansen, chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer.
Como o teste clínico irá funcionar?
Segundo o comunicado das empresas, o teste foi dividido em três coortes. O primeiro grupo conta com pessoas que receberam as duas doses da atual vacina da Pfizer-BioNTech entre 90 e 180 dias antes da inscrição. Esse grupo irá receber uma ou duas doses do imunizante com base na Ômicron.
Os participantes do segundo grupo, que devem ter recebido três doses da vacina entre 90 e 180 dias antes do início dos testes, receberão uma dose do atual imunizante ou uma da baseada na Ômicron.
Já o terceiro grupo irá contar com pessoas que não tomaram nenhuma dose de qualquer vacina contra a COVID-19. Os participantes dessa coorte irão receber três doses da vacina baseada na nova variante.
"Este estudo faz parte de nossa abordagem baseada na ciência para desenvolver uma vacina baseada em variantes que atinja um nível semelhante de proteção contra a Ômicron, como fez com variantes anteriores, mas com maior duração de proteção", explica o professor Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.
De acordo com o comunicado, ainda que as empresas tenham anunciado anteriormente que esperam produzir quatro bilhões de doses da vacina em 2022, essa capacidade não deve mudar se uma vacina adaptada for necessária.
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