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iO que é Disfunção sexual feminina?
Disfunção sexual feminina envolve problemas durante as fases do ciclo de resposta sexual da mulher, impedindo-a de chegar ao prazer durante a relação sexual. Pode causar dores durante a relação sexual, espasmos dos músculos ao redor da vagina e falta de desejo por sexo.
Causas
O ciclo de resposta sexual da mulher é dividido em quatro fases:
- Excitação: quando a vontade pelo sexo é despertada
- Platô: aumento das características da excitação e, principalmente, da sensibilidade do clitóris
- Orgasmo: clímax da resposta sexual
- Resolução: recuperação do corpo
Quando a mulher tem dificuldade de resposta em alguma delas, ela pode estar com alguma disfunção sexual feminina. As causas para a disfunção sexual feminina podem estar relacionadas a:
- Fatores físicos e hormonais, como diabetes, doenças cardíacas, neurológicas, alcoolismo, abuso de drogas e menopausa
- Alguns medicamentos, como o uso de anticoncepcionais, antidepressivos, diuréticos com espironolactona e antifúngicos
- Fatores psicológicos, como autoestima, ansiedade, insegurança e conflitos na relação
- Fatores sociais, uma vez que a educação rígida gera crenças falsas em relação ao sexo oposto, à sexualidade, à masturbação e ao orgasmo
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Tipos
Existem vários tipos de disfunções sexuais femininas, que variam de acordo com os sintomas, são elas:
- Baixo desejo sexual: quando a mulher tem pouca ou nenhuma libido, o que corresponde à total falta de interesse pelo sexo
- Transtorno de excitação sexual: também chamado de frigidez, é a incapacidade da mulher de manter a excitação e a lubrificação durante o ato sexual
- Transtornos orgásticos: ocorre quando a mulher tem dificuldade de chegar ao ápice do prazer durante a relação sexual, ou mesmo não consegue atingi-lo, apesar do desejo e dos estímulos adequados
- Transtornos de dor sexual: neles a mulher tem dor associada ao contato vaginal ou à estimulação sexual, como: dispareunia (dor genital durante o ato sexual), vaginismo (contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração) e fobia ou aversão sexual (pânico e sentimento de repulsa diante de relações sexuais ou que levem ao sexo)
Diagnóstico
O diagnóstico da disfunção sexual feminina envolve um questionário detalhado do médico sobre sintomas, histórico médico, condições do relacionamento, experiências sexuais passadas e até mesmo sobre a autoestima e a história de vida da paciente.
Quando a mulher também sente dor na relação, é necessário um exame da pélvis, que em geral não precisa da introdução de um espéculo nesses casos. A não ser que se desconfie de uma infecção sexualmente transmissível (IST), pode ser preciso analisar a parede vaginal, como em um exame Papanicolau.
Saiba mais: Não gostar de sexo: o que explica a baixa libido?
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar uma disfunção sexual feminina são:
- Clínico geral
- Ginecologista
- Psicólogo especialista em sexualidade
Buscando ajuda médica
É importante buscar ajuda de um ginecologista caso a disfunção sexual feminina esteja atrapalhando a vida sexual. O especialista avaliará se o caso tem alguma relação física ou se é puramente psicológico e indicará o tratamento mais adequado.
Tratamento
O tratamento medicamentoso para a disfunção sexual feminina inclui o uso de hormônios, como estrógenos e andrógenos, indicados quando há alguma causa física secundária, como depressão, diabetes, menopausa, ou quando algum medicamento está causando o problema. Eles ajudam a melhorar o tônus e a elasticidade da vagina, a lubrificação e a libido.
Convivendo (Prognóstico)
No entanto, a causa da disfunção sexual feminina não é apenas física. O lado emocional também é muito importante nessa equação. Nesses casos, vale testar algumas abordagens:
- Questione-se e não se obrigue: vale se perguntar: “por que eu não ando com vontade de fazer sexo?”. As respostas podem ser variadas e até mesmo incluir alguma insatisfação pessoal com o relacionamento
- Conheça-se melhor: ao se masturbar, a mulher começa a perceber que pontos e toques a agradam mais e pode ensinar isso à sua parceria, facilitando o prazer a dois. O autoconhecimento é fundamental para entender e explicar sobre os pontos mais sensíveis e zonas que trazem sensações desagradáveis
- Invista em exercícios: atividades aeróbicas, como corridas e caminhadas, são bem-vindas, uma vez que, ao haver uma melhora na circulação, o sangue flui melhor até mesmo pelos tecidos dos órgãos genitais, tornando-os mais sensíveis ao toque e, portanto, trazendo mais prazer
- Use lubrificante: muitas mulheres não conseguem ter lubrificação sozinhas, algo comum inclusive no início da vida sexual. Nesses casos, o uso do lubrificante é mais do que recomendado, minimizando dores e desconfortos, assim permitindo que a mulher sinta mais prazer na relação sexual
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Referências
Manual MSD
Mayo Clinic
Manual Merck