Professora Titular de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Chefe do Serviço d...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Médica ginecologista especialista em Endoscopia Ginecológica titulada pela FEBRASGO, também professora de Yoga...
iNutricionista especialista em nutrição celular, fundadora da Clínica Jobst.
Médico dedicado ao estudo da prevenção de doenças e longevidade saudável, Reginaldo Rena realiza tratamento ortomolecula...
iO que é Menopausa?
A menopausa é o momento da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural da menstruação, pois os hormônios femininos (estrogênio e progesterona) já não são mais produzidos pelos ovários. Isso costuma ocorrer, em média, entre os 48 e 51 anos de idade.
Climatério e menopausa
O climatério é o nome científico dado ao período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva (ciclo menstrual) para a fase de não-reprodutiva (pós-menopausa).
A menopausa acontece, então, durante o climatério, correspondendo ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação que aquela pessoa vai ter devido à diminuição das suas funções ovarianas.
Com quantos anos a menstruação começa a falhar
É comum que a menstruação falhe cerca de cinco vezes até parar totalmente. Essas falhas costumam se iniciar por volta dos 40 anos. Já a menopausa em si é mais comum a partir dos 45 anos.
Menopausa precoce
Por outro lado, também pode ocorrer a menopausa precoce, que é quando a interrupção da menstruação ocorre antes dos 40 anos. A causa é, na maioria das vezes, desconhecida. Alguns cientistas acreditam que pode ser genética, autoimune, infecciosa ou iatrogênica (após radioterapia, quimioterapia ou cirurgia).
Causas
As principais causas da menopausa são:
Queda dos hormônios
A principal causa da menopausa é o declínio natural dos hormônios reprodutivos. Com a proximidade do final dos 30 anos, os ovários começam a produzir menos estrogênio e progesterona, que são hormônios que regulam a menstruação, e a fertilidade diminui.
Com a chegada dos 40, os períodos menstruais podem se tornar mais longos ou curtos, mais ou menos frequentes, até que eventualmente os ovários deixam de produzir os hormônios e não há mais períodos (o que acontece por volta dos 50 anos).
Remoção do útero
A histerectomia é a cirurgia para remoção do útero, podendo haver ou não a retirada dos ovários também.
Quando a operação ocorre e não há a retirada dos ovários, não costuma provocar a menopausa imediata. Embora não haja mais períodos menstruais, os ovários ainda liberam óvulos e produzem estrogênio e progesterona.
As cirurgias que removem o útero e os ovários (histerectomia total e ooforectomia bilateral), por outro lado, causam menopausa imediata. Nesse caso, a menstruação é interrompida permanentemente.
Assim, é provável que a mulher tenha ondas de calor e outros sintomas, que podem ser graves, já que essas mudanças hormonais ocorrem abruptamente em vez de progressivamente, durante vários anos.
Quimioterapia e radioterapia
A quimioterapia e radioterapia são tratamentos muito comuns contra o câncer. Podem induzir à menopausa, causando sintomas como ondas de calor durante ou logo após o tratamento.
A interrupção da menstruação (e da fertilidade) nem sempre é permanente após a quimioterapia, portanto, medidas de controle da natalidade ainda são cabíveis.
Insuficiência ovariana primária
Cerca de 1% das mulheres experimentam a menopausa antes dos 40 anos (menopausa precoce). Principalmente nestes casos, a menopausa pode resultar de insuficiência ovariana primária.
Essa condição acontece quando os ovários deixam de produzir níveis normais de hormônios reprodutivos, decorrentes de fatores genéticos ou doenças autoimunes.
Causa indefinida
Muitas vezes, nenhuma causa pode ser encontrada para a menopausa, especialmente em situações de menopausa precoce. Para essas mulheres, a terapia hormonal é tipicamente recomendada, pelo menos, até a idade natural da menopausa, a fim de proteger o cérebro, o coração e os ossos.
Tipos
De acordo com a ginecologista Maria Celeste Osório Wender, a menopausa possui três estágios:
Pré-menopausa
A pré-menopausa é o período no qual o corpo da mulher se prepara para não ser mais fértil, caracterizando-se pela redução da produção de hormônios.
É a fase do climatério, que começa próximo aos 40 anos de idade, quando a mulher ainda menstrua, e dura, em média, de 6 a 8 anos. A pré-menopausa é assintomática e, quando os sintomas começam, inicia-se a fase da perimenopausa.
Perimenopausa
A perimenopausa é o período que engloba a pré-menopausa e o primeiro ano de pós-menopausa. Em geral, é durante essa fase que se iniciam os primeiros sintomas do climatério - irregularidade menstrual, seguida de calores e alterações no sono e no humor - e termina quando se completa um ano sem menstruação.
Pós-menopausa
Já a pós-menopausa tem início um ano depois a última menstruação e dura até o final da vida. Durante o período inicial (que dura até cinco anos) - e mais frequentemente na fase tardia - podem ocorrer osteoporose e um maior risco de doenças cardiovasculares.
Na pós-menopausa como um todo, é bastante comum ocorrer a atrofia vaginal (ou vaginite atrófica), que causa secura no órgão e dores durante as relações sexuais. Por isso, é importante que as mulheres busquem ajuda médica para contornar os problemas e manter uma boa qualidade de vida.
Sinais
Muitas mulheres se questionam sobre como saber que estão entrando nessa fase da vida. Diante disso, é preciso entender os principais sintomas da menopausa. São eles:
- Menstruação irregular (antes do término completo);
- Calor (fogacho);
- Coceira e secura vaginal, que podem levar à dor na relação sexual;
- Redução da libido;
- Diminuição do tamanho dos seios e perda de firmeza;
- Sudorese noturna;
- Dificuldade para dormir;
- Mudanças de humor;
- Períodos de ansiedade, irritabilidade e depressão;
- Diminuição da autoestima;
- Ganho de peso não-intencional;
- Desaceleração do metabolismo;
- Pele seca e cabelos mais finos;
- Diminuição da elasticidade da pele;
- Dor de cabeça;
- Aumento da porosidade dos ossos.
Já entre os sintomas menos frequentes estão:
- Calafrios;
- Falhas de memória;
- Fadiga;
- Incontinência urinária;
- Osteoporose;
- Aparecimento de espinhas.
Ou seja: nem toda mulher apresenta esses sinais da menopausa. O aparecimento deles varia de acordo com cada caso e conforme a fase do climatério.
Diagnóstico
O diagnóstico da menopausa é clínico e constatado quando a mulher, que se encontra na faixa etária compatível, relata que não menstrua há mais de um ano. Exceto quando fizer uso de dosagens hormonais, não é necessário fazer exames para confirmação do diagnóstico.
Exames
Em determinadas circunstâncias, após o fim da menstruação, o médico pode recomendar exames de sangue para verificar seu nível de:
- Hormônio folículo-estimulante (FSH) e estrogênio (estradiol);
- Hormônio estimulante da tireoide (TSH)..
Na consulta médica
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Você ainda está com períodos menstruais?
- Quando foi seu último período?
- Com qual frequência você tem sintomas incômodos?
- Quão desconfortável são os sintomas?
- Alguma coisa parece melhorar ou piorar os seus sintomas?
Buscando ajuda médica
Caso você comece a notar alterações no ciclo menstrual e esteja dentro da idade de risco, é essencial procurar ajuda médica para que um tratamento adequado seja iniciado como forma de controlar dos sintomas.
Especialistas que podem diagnosticar a menopausa
- Ginecologista
- Clínico geral
Tratamento
A menopausa é um processo natural do organismo feminino e pode não precisar de intervenções terapêuticas. No entanto, caso os sintomas sejam muito incômodos, é possível tratar a menopausa para melhorar a qualidade de vida da mulher.
Entre as opções encontramos:
Reposição hormonal
Como funciona
A terapia hormonal (popularmente conhecida como reposição hormonal) é o tratamento mais efetivo para as ondas de calor.
Este tipo de tratamento traz uma redução de até 75% na frequência de fogachos e de 87% em sua severidade. A reposição pode ser feita com estrógeno ou a combinação de estrógeno e progesterona.
Quando fazer
O ideal é que a reposição seja feita na chamada "janela de oportunidade", que normalmente é entre as idades de 50 a 59 anos e no máximo até 7 anos após o início dos sintomas da menopausa. Essas condições tornam o tratamento mais seguro.
Além disso, a reposição só deve ser feita após a paciente fazer todos os exames de rotina e o médico verificar o seu histórico de saúde. Isso o ajudará a perceber se há alguma contraindicação e qual a melhor dose hormonal a ser aplicada.
O ideal é que mulher continue fazendo o acompanhamento médico durante a reposição hormonal para acompanhar melhor como está a sua saúde e saber a hora de parar.
Riscos
Alguns tipos de terapia hormonal estão ligados a diferentes complicações, como aumento do risco de ter câncer de mama, câncer de cólon, doença cardiovascular e fraturas.
Por isso mesmo, todos esses fatores devem ser avaliados junto ao médico antes de se optar em seguir com esse tratamento.
A cada mil mulheres que fazem reposição hormonal, 17 terão câncer de mama. Já as outras 983 restantes continuam tendo o mesmo risco que tinham anteriormente de ter a doença.
Contraindicações
A reposição hormonal é contraindicada em mulheres que:
- Já sofreram infarto;
- Tenham grave comprometimento das artérias coronárias;
- Possuam doença no fígado que impeça seu funcionamento;
- Tenham apresentado ou ainda apresentem câncer de mama ou no endométrio;
- Possuam histórico de doença vascular cerebral (AVC);
- Estejam com um quadro de hipertensão não controlado.
Aplicação de estrogênio
Como funciona
Para aliviar o sintoma de secura vaginal, muitos especialistas podem recomendar o uso de estrogênio tópico, ou seja, em creme na própria área da vagina.
Quando fazer
Esse método é útil principalmente em mulheres que apresentam atrofia vaginal, dor na relação sexual e problemas uroginecológicos.
Medicamentos não-hormonais
Como funciona
Para mulheres que não podem recorrer à terapia hormonal, existem outras opções de medicamentos conforme o sintoma apresentado.
Para sintomas como os fogachos, existem medicamentos antidepressivos, hipno-sedativos, antidopaminérgicos, vasoativos ou que agem no eixo hipotalâmico-hipofisário.
Quando fazer
Esse método é indicado principalmente nos casos em que a mulher:
- Não quer fazer terapia hormonal;
- Pode apresentar efeitos colaterais à terapia hormonal;
- Tem resposta insatisfatória à terapia hormonal;
- É contraindicada a fazer a reposição de hormônios.
Fitoterapia
Como funciona
A fitoterapia é uma terapia alternativa voltada ao uso de plantas medicinais e seus extratos. Durante o climatério, os fitoestrogênios são os mais indicados (substâncias naturais que agem como os hormônios femininos).
Os mais usados hoje são: a soja, o trevo vermelho e a cimicifuga. Além deles, a valeriana e a melissa podem ser utilizadas para os sintomas de sono e ansiedade.
Quando fazer
O ideal é aderir à fitoterapia com orientação de um especialista. Também é importante não ingerir os extratos das plantas próximo ao horário das refeições, para que eles sejam absorvidos corretamente.
Homeopatia
Como funciona
A homeopatia é um tipo de medicina alternativa que consiste em ministrar ao doente doses mínimas do medicamento homeopático para evitar a intoxicação e estimular a reação orgânica.
O especialista busca quais são os principais sintomas que incomodam a mulher nessa fase e seleciona remédios homeopáticos que podem ajudá-la.
Quando fazer
Existem medicamentos de ação importante neste período, como a Sepia Succus, a Lachesis e o Natrum muriaticum. Além deles, há extratos hormonais como o Oophorinum e o Folliculinum, que fazem substituição parcial dos hormônios que não mais são produzidos pelo corpo feminino.
Acupuntura
Como funciona
A acupuntura é uma técnica milenar chinesa que pode ajudar a menopausa ao estimular diferentes pontos do corpo. Através da inserção de agulhas metálicas em locais definidos conforme os sintomas da mulher, há a promoção, a manutenção e a recuperação da saúde. Além disso, a acupuntura também trabalha a prevenção e evita o agravamento de doenças.
Quando fazer
Os pontos a serem estimulados e a frequência do tratamento também variam conforme os sintomas que cada mulher apresenta.
Alimentos e bebidas
Como funciona
De acordo com a ginecologista Bárbara Murayama e o médico Reginaldo Rena, especialista em prevenção de doenças e longevidade, as bebidas e alimentos mais recomendados durante a menopausa são os ricos em cálcio e vitamina D.
Por isso, para se manter saudável, adote em sua dieta:
- Amêndoas;
- Brócolis;
- Couve-manteiga;
- Castanha-do-pará;
- Leite desnatado e derivados;
- Óleo de fígado de peixe;
- Salmão;
- Atum;
- Tofu;
- Inhame;
- Grão de bico;
- Suco de cranberry;
- Pistache.
Há também opções para amenizar os sintomas da menopausa, segundo a nutricionista Daniela Jobst.
- Soja: diminui a sensação de calor;
- Leite e derivados, nabo, brócolis, folhas de mostarda e sardinha: evitam a osteoporose;
- Nozes, castanhas, amêndoas e peixes: reduzem a irritação e as mudanças de humor;
- Sardinha e aveia: amenizam a fadiga (cansaço);
- Chá branco, chá de hibisco, chá de amora, maca peruana: combate o ganho de peso.
Medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento da menopausa são:
Atenção: somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Também não interrompa o uso do medicamento sem antes consultar um especialista antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções da bula.
Convivendo (Prognóstico)
Calor da menopausa
Uma das principais queixas de mulheres na menopausa é a sensação de calor intenso. Isso ocorre devido ao hipoestrogenismo, isto é, a diminuição dos níveis de estrógeno (o principal hormônio feminino) no corpo.
Portanto, para reduzir a sensação de calor e possíveis doenças relacionadas à sudorese intensa, é recomendado:
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Evitar o tabagismo;
- Evitar usar roupas apertadas, que não possibilitam a transpiração do corpo e podem até mesmo levar ao aparecimento de micose.
Queda de colágeno
Na menopausa, é comum a redução da produção de colágeno. Isso pode favorecer o aparecimento de rugas, queda de cabelo e enfraquecimento das unhas.
Analise junto a especialistas, como nutrólogos e dermatologistas, a necessidade de tomar suplementos de colágeno (nunca se automedique).
Evite banhos muito quentes, que podem enfraquecer os fios de cabelo; deixar as unhas muito compridas, que podem se quebrar; e não esqueça de passar cremes à base de filtro solar e colágeno, principalmente no rosto.
Sexo
Durante a menopausa, há uma queda no desejo sexual feminino, bem como a perda da elasticidade do canal vaginal (por conta da queda de colágeno), afinamento da pele na região genital e redução da lubrificação.
Esses fatores podem fazer com que o sexo entre o casal seja mais raro, além de trazer desconforto à mulher durante as relações (com infecções, corrimentos, coceiras, ardências e sangramentos).
Lembre-se de que não há limite de idade para viver a sexualidade. Por isso, mantenha o afeto, a intimidade e a criatividade durante as relações sexuais.
Para que não haja desconforto durante a relação, consulte regularmente o ginecologista e mantenha uma vida saudável, evitando o sedentarismo, tabagismo, obesidade, alcoolismo e doenças crônicas. Caso necessário, converse com seu médico sobre a necessidade de reposição hormonal.
Ganho de peso
Diferentemente do que muitos acreditam, o ganho de peso durante a menopausa não está diretamente ligado à alteração hormonal e pode ser prevenido, sobretudo neste período.
O que ocorre é que, durante a menopausa, as mulheres tendem a se exercitar menos. E, além disso, a queda de estrogênio no organismo pode influenciar na redistribuição de gordura corporal que, após a menopausa, acaba se depositando na região do abdômen.
Por isso, o ideal é manter uma dieta balanceada e não abrir mão dos exercícios físicos regulares.
Risco de diabetes
Durante a menopausa, é comum as mulheres apresentarem uma piora na sensibilidade da insulina, aumentando o risco de diabetes. Assim, o uso da terapia hormonal pode ajudar a combater esses efeitos metabólicos, além da prática de atividade física.
Fertilidade e gravidez
A fertilidade feminina é reduzida com o passar dos anos - o que significa que há uma diminuição na produção de hormônios responsáveis pela ovulação.
Dessa forma, a cada menstruação, a mulher perde uma quantidade de óvulos até que, na menopausa, ela para de liberá-los, perdendo as chances de engravidar naturalmente.
Vale destacar, no entanto, que é possível engravidar no período do climatério, quando ainda estiver entrando na menopausa
Mal-estar na menopausa
Por conta dos fogachos, é comum que mulheres reclamem de algumas situações que lhes causam mal-estar na menopausa, como sudorese noturna, fadiga, irritabilidade, tonturas e sensação de desmaio.
Ao apresentar esses sinais, visite o mais breve possível seu(a) ginecologista e relate o que está sentindo.
Dificuldade para dormir
Durante a transição do período menstrual normal para a menopausa, há mulheres que têm dificuldade para dormir ou manter o sono. Felizmente, hoje há diversas opções de tratamentos para distúrbios do sono, que incluem o uso de medicamentos e técnicas para relaxar.
Secura vaginal
Os níveis de estrogênio no sangue caem durante a menopausa, o que deixa os tecidos da vagina e da uretra mais secos e finos. Isso pode levar à secura vaginal ou irritação na região.
Para isso, consulte seu(a) ginecologista e opte por utilizar lubrificantes específicos e confiáveis para que as relações sexuais continuem a ser prazerosas.
Ansiedade e depressão
Como a menopausa é uma fase que altera os hormônios femininos, algumas mulheres podem apresentar problemas como mudanças de humor, instabilidade emocional, desinteresse, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração.
Caso identificar algum desses sinais, procure seu(a) ginecologista e verifique a necessidade de fazer psicoterapia. Não há nada de errado ou constrangedor em fazer terapia: essa é uma forma de manter e melhorar sua autoestima e qualidade de vida.
Qualidade de vida
Para manter a qualidade de vida mesmo na menopausa, algumas dicas são fundamentais:
- Beba bastante água;
- Use roupas leves;
- Pratique exercícios regularmente (caminhada, natação e dança ajudam a fortalecer os músculos);
- Evite o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo;
- Opte por refeições mais leves e mais frequentes;
- Tome Sol;
- Use filtro solar, principalmente no rosto;
- Vá regularmente ao ginecologista.
Estas medidas contribuirão para a melhoria do bem-estar e prevenção de doenças como câncer de mama, osteoporose, entre outras.
Lembre-se: o climatério e a menopausa não são doenças! São ocorrências naturais do ciclo de vida das mulheres e nem todas apresentarão sintomas no decorrer desse período.
Complicações possíveis
Com a chegada da menopausa, o risco de certas condições médicas aumenta, principalmente se não houver acompanhamento ginecológico e clínico. Algumas doenças que podem se intensificar ou surgir nesta fase são:
Doença cardíaca e vascular (arritmia, infarto, hipertensão)
Quando os níveis de estrogênio diminuem, o risco de doença cardiovascular aumenta. A doença cardíaca é a principal causa de morte em mulheres, assim como em homens.
Por isso, é importante fazer exercício físico regularmente e seguir uma dieta saudável. Peça ao médico conselhos sobre como proteger o coração, reduzir o colesterol ou a pressão arterial, se estiverem altos.
Osteoporose
Durante os primeiros anos após a menopausa, a densidade óssea pode ser perdida rapidamente, aumentando o risco de osteoporose, que torna os ossos frágeis, com maior risco de fraturas.
Mulheres na pós-menopausa com osteoporose são especialmente suscetíveis a fraturas de coluna, quadris e punhos.
Incontinência urinária
À medida em que os tecidos da vagina e da uretra perdem elasticidade, podem ocorrer fortes e súbitas urinações, seguidas pela perda involuntária de urina (incontinência urinária) ou perda de urina com tosse, riso ou elevação (incontinência de esforço).
A incidência de infecções do trato urinário também aumenta. Fortalecer os músculos do assoalho pélvico com exercícios de Kegel e usar um estrogênio vaginal tópico pode ajudar a aliviar os sintomas, assim como a terapia hormonal.
Disfunção sexual
O ressecamento vaginal, que ocorre por conta da diminuição da produção de umidade e perda de elasticidade, pode causar desconforto e leve sangramento durante a relação sexual. Além disso, a diminuição da sensibilidade pode reduzir o desejo por atividade sexual (libido).
Hidratantes e lubrificantes vaginais à base de água podem ajudar. Se um lubrificante vaginal não for suficiente, muitas mulheres se beneficiam do uso do tratamento local com estrogênio vaginal, disponível em forma de creme, comprimido ou anel.
Obesidade
Muitas mulheres ganham peso durante a transição da menopausa e após a menopausa, porque o metabolismo diminui e as mulheres tendem a praticar menos exercícios nessa fase. Para manter o peso ideal, é preciso seguir uma dieta balanceada e manter o corpo ativo.
Links Úteis
SOBRAC - Sociedade Brasileira de Climatério
Referências
Maria Celeste Osório Wender, professora titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRGS, CRM-RS: 14578.
Daniela Jobst, médica e nutricionista especialista em nutrição celular, CRM-SP: 235108 e CRN-SP: 13312.
Bárbara Murayama, médica ginecologista, CRM-SP: 112527.
Reginaldo Rena, médico dedicado ao estudo da prevenção de doenças e longevidade saudável, CRM-SP: 69236.
Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf
Mayo Clinic. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/menopause/symptoms-causes/syc-20353397