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Considerações
Resultados esperados
Em geral, a parada abrupta é mais recomendada pelos especialistas do que a parada gradual, mas as evidências científicas se dividem sobre o potencial de cada um deles para ajudar o indivíduo a parar de fumar.
Inclusive, uma revisão de estudos realizada pela Biblioteca Cochrane, que reuniu 10 pesquisas com 3760 participantes no total, mostrou que ambos os métodos (parada gradual e gradual) têm resultados parecidos ao ajudar os fumantes a pararem, mesmo quando acompanhados da terapia de reposição de nicotina, suporte comportamental ou suporte de autoajuda.
Tratamentos aliados
A terapia de reposição de nicotina (adesivo de nicotina) pode ser um aliado depois que o paciente conseguir zerar seus cigarros. Entretanto, a reposição de nicotina não é indicada enquanto o paciente ainda fuma. O ideal é que o fumante consulte um médico, que orientará se ele precisa desse tipo de método e como ele pode usá-lo com a técnica de parada.
Parar de fumar não é simples e pode necessitar de outros tratamento pareados à parada gradual.
Como parar de fumar
Decidir parar de fumar é um gesto essencial contra o tabagismo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), há duas formas para uma pessoa que fuma deixar o cigarro de lado: a parada gradual e a parada imediata (ou abrupta).
Quando for tentar parar de fumar, o ideal é sempre ter a orientação de um especialista para ajudar a escolher as melhores estratégias e tratamentos - indicando, inclusive remédios parar de fumar.
Além disso, comorbidades clínica ou psiquiátricas podem representar fator de risco para recaídas ao tabagismo, por isso o acompanhamento médico é importante para tratá-las de imediato.
Dicas para parar de fumar
Algumas práticas podem ser adotadas durante o processo de parar de fumar e podem ajudar a deixar a dependência do cigarro para trás. São elas:
- Concentrar-se em outras atividades;
- Quebrar a rotina;
- Buscar apoio de amigos e familiares;
- Não desenvolver outro vício;
- Desenvolver autocontrole;
- Continuar tentando;
- Evitar locais com outros tabagistas.
Parar de fumar com a parada gradual
A parada gradual é uma estratégia para parar de fumar. A ideia é que a pessoa deixe o cigarro aos poucos. Como na parada abrupta, a pessoa pode marcar um "dia D", em que ela deixará de fumar. Porém, até essa data chegar, ela vai reduzindo o número de cigarros gradualmente, até chegar no dia marcado sem fumar nenhum.
O ideal é que a parada gradual ocorra em duas semanas, pois um período mais longo do que esse não motiva uma mudança e pode fazer com que o paciente desista ou fique protelando a parada.
A ideia é contar quantos cigarros são fumados ao dia e calcular quantos podem ser tirados por dia, para chegar à data final sem fumar nenhum.
A parada gradual exige um planejamento, afinal o indicado pelos especialistas é que ela dure no máximo duas semanas. Normalmente a técnica mais indicada é a parada abrupta, interrompendo o contato com o cigarro de uma vez, mas tudo varia de acordo com o paciente.
Para quem é a parada gradual é indicada
A parada gradual é indicada para fumantes que se sentem muito ansiosos com a parada e acham que não conseguirão parar abruptamente. Também é bem indicada a quem tem sintomas intensos da síndrome de abstinência.
No geral, a parada gradual lhes dá mais confiança, pois ao ficarem maiores períodos de tempo sem fumar ou diminuírem o número de cigarros, os fumantes se sentem mais certos de que conseguirão.
Vale ressaltar que pessoas que estão altamente motivadas a parar de fumar ou que nunca tentaram deixar o cigarro antes devem tentar diretamente a parada abrupta.
Quem já tentou essa técnica anteriormente e acabou por adiar a decisão de largar o cigarro, talvez possa tentar a parada abrupta como alternativa.
Saiba mais: Parar de fumar, ansiedade e depressão
Vantagens e desvantagens da parada gradual
As vantagens desse tipo de parada estão na maior motivação que ela traz ao fumante: ele se sente vitorioso a cada cigarro a menos que fuma em seu dia e por ficar maiores períodos sem fumar.
O lado negativo da parada gradual é que o fumante estará ainda em contato com os objetos ligados ao fumo, como os cinzeiros e o isqueiro, além do cheiro do cigarro continuar presente nos ambientes e em suas roupas, o que pode atrapalhar, fazendo com que ele adie a decisão de parar.
Além disso, a crise de abstinência fica mais longa, já que ainda haverá exposição diária à nicotina, mesmo que menor. Por fim, por mais que a quantidade de cigarro seja reduzida, ele continuará fazendo mal à saúde, ou seja, o paciente é exposto a esses prejuízos por mais tempo, do que se ele tivesse parado de uma vez.
Referências
Instituto Nacional de Câncer (Inca)