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Comum no preparo de pães, bolos e massas em geral, a farinha vem ganhando destaque no equilíbrio da dieta. O alimento, obtido pela moagem da parte comestível de vegetais e/ou frutas, atua na prevenção de diversas doenças e ainda fornece vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo. Os tipos variam desde as versões tradicionais, como a de trigo, até outras menos conhecidas, como a de maracujá e a de arroz. Para conhecer os benefícios dos diferentes tipos de farinha, o Minha Vida conversou com especialistas e elencou nove opções para incluir no seu cardápio. Confira:
Farinha de trigo
A farinha de trigo branca é fonte de carboidratos e, se o farelo (estrutura que recobre a semente) não for desprezado no preparo, também de vitaminas do complexo B, zinco e potássio. "Essas vitaminas dão energia e vitalidade ao sistema nervoso central, enquanto que o zinco fortalece o sistema imunológico e o potássio auxilia na hidratação dos tecidos do corpo", explica a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio Nutricional. Ela recomenda, entretanto, que seja dada prioridade à versão integral, mais saudável e fonte de fibras. Lembre-se de que a farinha de trigo branca deve ser evitada por pessoas com doença celíaca ou intolerantes ao glúten.
Farinha de milho
Segundo a nutricionista Maria Fernanda, da Nutri & Consult, a farinha de milho tem algumas vantagens em relação à farinha de trigo, porque preserva uma série de nutrientes importantes que a de trigo dispensa. "O principal deles são as fibras, que ajudam o organismo a eliminar toxinas e manter a taxa de colesterol em níveis adequados", explica. O milho também é fonte de vitamina A, essencial para a visão e para a diferenciação dos tecidos. Além disso, essa farinha tem a vantagem de não conter glúten, o que libera seu consumo mesmo por pessoas em dietas restritivas.
Farinha de berinjela
"Altamente rica em fibras, a farinha de berinjela auxilia no trânsito intestinal, reduz a absorção de gordura, promove a sensação de saciedade e até auxilia no funcionamento dos rins", afirma Roseli. Vale lembrar, entretanto, que manter uma boa hidratação é fundamental para aproveitar todos esses benefícios. O alimento ainda conta com as vitaminas A e C, com ação antioxidante, ou seja, que combate radicais livres, substâncias responsáveis pela degeneração das células.
Farinha de centeio
A farinha de centeio possui elementos que retardam a digestão e diminuem a conversão de açúcar em gorduras. Além disso, ela contém menor teor de glúten se comparada à farinha de trigo integral, complementa a nutricionista Maria Fernanda. "O alimento ainda é fonte de carboidratos complexos, que fornecem energia; aminoácidos essenciais, que auxiliam na construção muscular; e minerais, como potássio, importantes para o bom funcionamento do organismo", afirma. A farinha de centeio ainda é fonte do ácido fólico, essencial para a manutenção do sistema nervoso central e na formação dos glóbulos vermelhos.
Farinha de cevada
A cevada contém fibras que ajudam a regularizar o intestino, diminuir o nível de colesterol e equilibrar a glicemia. Ela também é rica em proteínas, carboidratos e vitaminas do complexo B. O selênio, presente em sua composição, atua como antioxidante, combatendo radicais livres, e o magnésio promove o relaxamento muscular. "Outra informação importante é que, embora a cevada seja da família do trigo e possa ser usada em quase todas as receitas que incluem farinha de trigo, como pães e massas, ela nem sempre desperta sensibilidade de pessoas intolerantes ao trigo", aponta Roseli Rossi.
Farinha de aveia
Fonte de fibras solúveis, a aveia contém alto teor de beta-glucana, que auxilia na diminuição dos níveis de colesterol no sangue. "Ela age como uma pequena esponja que absorve a gordura, ajudando na redução das taxas de colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares", afirma Maria Fernanda. A farinha de aveia ainda é rica em proteínas, vitaminas e mineiras, como ferro, cálcio e magnésio. Outro benefício do alimento é o fato de ele colaborar com o controle do peso, uma vez que suas fibras retardam o esvaziamento gástrico e prolongam a sensação de saciedade, afastando a fome.
Farinha de banana verde
De acordo com a nutricionista Roseli, a farinha de banana verde é uma das mais estudadas e utilizadas atualmente. "Ela apresenta um tipo de amido que serve como "alimento" para bactérias benéficas do intestino, produtoras de substâncias que auxiliam na prevenção de doenças inflamatórias intestinais, na manutenção da mucosa intestinal e contribuem com o aumento do bolo fecal, reduzindo o risco de câncer de cólon", pontua.
O alimento ainda pode ser um grande aliado para pessoas que lidam com a tensão pré-menstrual (TPM) - a banana é fonte de magnésio, que diminui as dores causadas pelas contrações geradoras das cólicas e está relacionado à produção de dopamina, que traz bem-estar.
Farinha de maracujá
A farinha de maracujá é fonte de diversas vitaminas e minerais. "Uma delas é a niacina (vitamina B3), que atua na produção de hormônios, melhorando os sintomas da ansiedade e protegendo as paredes do estômago", diz Maria Fernanda. Também estão presentes no alimento o ferro, que combate a anemia, o cálcio que favorece a contração muscular e o fósforo, que fortalece os ossos e atua na manutenção da memória. Esta farinha também é rica em uma fibra solúvel chamada pectina, que prolonga a sensação de saciedade e ajuda no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Farinha de arroz
"Como a farinha de arroz é feita pela simples moagem dos grãos, sem qualquer processo químico envolvido, ela preserva as mesmas características nutricionais do arroz polido (branco)", afirma Roseli. Assim, além do amigo, que corresponde a cerca de 90% da matéria seca do arroz, esta farinha não contém glúten e auxilia na prevenção de doenças do aparelho digestivo, do coração e no controle do diabetes, já que possui índice glicêmico baixíssimo. A farinha de arroz também reduz a absorção de óleos vegetais dos alimentos, tornando-os menos calóricos.