Médica nutróloga, especialista em medicina da qualidade de vida
Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O que é Edamame?
O edamame se trata dos grãos da soja ainda dentro da vagem, ou seja, colhidos antes de amadurecerem. Categorizado como uma leguminosa, ele tem origem chinesa, mas foi no Japão que ganhou esse nome — que, em tradução literal, significa “ramo de feijão”.
Devido à sua aparência, o vegetal se assemelha bastante a uma ervilha, apesar de não possuir nenhum parentesco. Isso porque ele possui coloração verde viva, formato arredondado, textura macia e sabor levemente adocicado.
Propriedades
O edamame contém diversos nutrientes em sua composição. Não é por menos que ganhou o título de “superalimento” nos países asiáticos. Ele é fonte de vitaminas A, B, C, E, K, além de ser rico em cálcio, antioxidantes, ômega 3, niacina, magnésio, proteínas e fibras.
“Uma xícara de edamame tem, em média, entre 14 e 18 gramas de proteínas. É bastante, principalmente se formos comparar com outros vegetais. É um alimento que tem praticamente todos os aminoácidos essenciais”, declara a nutróloga e endocrinologista, Valéria Goulart.
Segundo a profissional, por ser um alimento proteico, a leguminosa é considerada uma boa opção para veganos e vegetarianos, pois fornece a quantidade de nutrientes necessários para a dieta e possibilita o preparo de pratos diversos.
Leia mais: 9 formas de consumir proteínas sem chegar perto de carnes
Edamame é low carb?
Em contraponto a sua alta taxa de proteínas, o edamame tem um valor baixo de carboidratos, sendo em média 7g de carboidratos para 100g do alimento. Portanto, ele também é indicado para quem segue uma rotina alimentar com redução ou restrição de consumo de carboidratos, como é o caso da dieta low carb.
Benefícios
Com tantos nutrientes importantes, não é de se estranhar que o edamame seja capaz de promover diversos benefícios à saúde e ao bem-estar. Entre eles, é possível destacar os seguintes:
Contribui para a perda de peso: o edamame possui apenas 122 calorias em 100g, além de ser uma fonte de proteínas e fibras, que fornecem energia e saciedade.
Ameniza os sintomas da menopausa: estudos realizados apontaram que, devido à presença das isoflavonas de soja em sua composição, o edamame pode ser utilizado para atenuar os efeitos colaterais da menopausa, como ondas de calor, irritabilidade, depressão e osteoporose.
Reduz as chances do desenvolvimento do câncer de mama: por ser rico em antioxidantes e ter a presença das isoflavonas de soja, o edamame pode agir no combate ao câncer de mama.
Aliado da saúde cardiovascular: a presença da vitamina K auxilia na coagulação do sangue e no funcionamento do coração. “Uma xícara de edamame tem 40% de tudo que a gente precisa de vitamina K, principalmente se associado a um azeite ou uma gordura boa, que ajudam na absorção dessa vitamina, que é solúvel em gordura”, conta Valéria Goulart.
Auxilia na visão: fonte de vitamina A, o alimento é um aliado da saúde dos olhos, se consumido regularmente.
Ajuda no tratamento da depressão: o ácido fólico, presente na composição do edamame, é capaz de impedir a concepção da homocisteína, aminoácido que impede a produção de dopamina e serotonina, hormônios que regulam humor, apetite e sono.
Regula os níveis de colesterol: o edamame é fonte de fibras e gordura poli-insaturada, ambas capazes de ajudar a reduzir as taxas do colesterol ruim (LDL).
Contribui para o fortalecimento da imunidade: a concentração de ferro e antioxidantes no edamame aumenta a imunidade do organismo e previne anemias.
Como consumir ?
Como fazer edamame
As formas de preparo do edamame são bem simples. A mais comum é cozinhá-lo no vapor. Também pode ser fervido na água com a adição de uma pitada de sal (preferencialmente sal rosa do himalaia ou marinho). “O edamame não leva muito tempo para cozinhar. Às vezes, leva em média 5 minutos. É muito rápido”, afirma a nutróloga.
Depois de pronto, ele pode ser adicionado em sopas, saladas, aperitivos e patês — além de pratos com inspiração asiática, que combinam peixe cru, arroz e outros alimentos. É importante ressaltar que não se deve comer a vagem, e sim os grãos, já que ela tem partes duras e pouco digeríveis.
Contraindicações
Edamame faz mal?
Apesar de saudável, o edamame não é recomendado para pessoas alérgicas à soja ou que possuam sensibilidade a fitoestrogênios. “Alguns trabalhos também mostram que pessoas com problemas na tireoide devem evitar, pois a soja em excesso pode atrapalhar seu funcionamento”, esclarece a nutróloga.
Ainda segundo Valéria Goulart, pacientes com histórico de problemas de coagulação também devem ter cautela no consumo. “Apesar de ter vitamina K, algumas pessoas podem ter problemas de coagulação sanguínea. Isso porque a soja não fermentada pode juntar os glóbulos vermelhos e formar trombos”, afirma.
Edamame engorda?
O edamame é um alimento com uma quantidade consideravelmente baixa de calorias. Porém, de acordo com a nutróloga, seu preparo não deve acompanhar ingredientes calóricos, pois ele acaba aumentando o valor calórico final. Portanto, quem deseja perder ou manter o peso deve ficar atento à forma que irá consumir o edamame na dieta.