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Pesquisadores da Universidade de Tóquio (Japão) publicaram um estudo no jornal BMJ Open, relacionando a calvície em coroa masculina com o maior risco de surgimento de doenças coronarianas. Os cientistas revisaram seis estudos feitos na Europa e nos Estados Unidos e publicados entre 1993 e 2008, que totalizam a participação de cerca de 40 mil homens.
O trabalho demonstra que o risco de aparecimento de doenças do coração em homens calvos é 70% maior. Entre os que apresentam a calvície mais cedo o perigo chega a ser 84% mais elevado. O grau de perda de cabelo também influencia: homens com calvície leve apresentavam risco de 18%, enquanto o grau moderado e elevado correspondiam a um aumento de 36% e 48% respectivamente.
Ao analisar os estudos e procurar também na literatura médica anterior, os pesquisadores perceberam uma relação entre os fatores de risco para doenças coronarianas e a calvície, acreditando que o quadro pode ser um marcador de aterosclerose, ou seja, a formação de placas de colesterol que bloqueiam as artérias. Eles também ligam a queda de cabelo à resistência à insulina, que causa vasoconstrição, impedindo a chegada dos nutrientes ao couro cabeludo e reduzindo a participação do DHT (hormônio derivado da testosterona) na estimulação do folículo capilar.
Porém, isso não foi observado em homens que apresentavam calvície frontal, tanto que os que apenas apresentam esse tipo só tem um risco 22% maior de ter problemas de coração. Os médicos acreditam que ambas tenham causas diferentes, e para comprovar essa tese utilizam como parâmetro o funcionamento do medicamento Minoxidil, que atua dilatando os vasos sanguíneos e só tem efeito mesmo na queda de cabelo localizada na região da coroa.
Se não dá para remediar, melhor prevenir!
Por tudo isso, os médicos do estudo sugerem que homens com calvície em coroa sejam agrupados entre os grupos de maior risco de doença coronariana. E como não dá para impedir que a perda de cabelo aconteça, melhor então remediar. Conheça então que hábitos mais saudáveis ajudam a deixar o coração blindado contra esses problemas.
Dieta mediterrânea
A dieta típica da região banhada pelo Mar Mediterrâneo , ela é conhecida por seus benefícios ao coração. Os principais participantes dos pratos são as gorduras protetoras, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares , diz a nutricionista do Minha Vida, Roberta Stella. Ela aumenta o nível de colesterol bom (HDL) e diminuir as taxas do colesterol ruim (LDL) do sangue, além de evitar a obstrução das artérias. Dentre as principais características dessa dieta, estão o baixo consumo de carne vermelha, a ingestão de frutas, cereais e nozes, o alto consumo de peixes, o consumo moderado de vinho e o azeite de oliva como fonte de gordura saudável. Além disso, os peixes contêm ômega 3, reconhecido como um nutriente cardioprotetor, isto é, beneficia a saúde cardiovascular.