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Uma revisão de estudos feita pela American Heart Association (EUA) aponta que praticar exercícios e realizar terapias alternativas e comportamentais, como meditação e biofeedback, pode reduzir a pressão arterial de forma modesta - sendo, portanto, um importante aliado no tratamento convencional da hipertensão, que inclui medicamentos e mudanças na alimentação. Os dados foram publicados dia 22 de abril na revista Hypertension.
Os estudiosos revisaram trabalhos publicados entre 2006 e 2011, incluindo 1.000 estudos sobre terapias comportamentais, procedimentos e dispositivos não invasivos, e três tipos de exercício (aeróbico, de resistência ou musculação e exercícios isométricos). As pesquisas também examinaram os efeitos do yoga, diferentes estilos de meditação, métodos de biofeedback, acupuntura, respiração guiada, relaxamento e técnicas de redução de estresse.
Analisando os resultados, os cientistas concluíram que os três tipos de exercícios reduziram a pressão arterial, principalmente os isométricos (feitos com halteres) que proporcionaram uma queda de 10% na pressão. Terapias comportamentais como biofeedback e meditação transcendental também ajudam a baixar a pressão arterial, mas não podem substituir os tratamentos padrão. Os exercícios guiados de respiração levaram redução da pressão sanguínea quando realizados por sessões de 15 minutos, três a quatro vezes por semana. Os pesquisadores afirmam que não há dados suficientes que respaldem o uso de outros tipos de meditação, yoga ou acupuntura.
De acordo com os pesquisadores da associação, as abordagens alternativas poderiam ajudar pessoas com níveis de pressão arterial maior que 120/80 mmHg, e aqueles que não toleram ou não respondem bem aos medicamentos convencionais. No entanto, as terapias alternativas não devem substituir os métodos comprovados de reduzir a pressão arterial - incluindo atividade física, controle do peso, não fumar ou beber álcool em excesso, comer uma dieta baixa em sódio equilibrada e tomar medicamentos, quando prescritos, disse a associação.