Entre nove e doze meses de vida, o bebê já é capaz de engolir melhor os alimentos, tem mais dentes (na maioria das vezes) e não tem mais o reflexo de pôr a língua para fora. Já está na hora de começar a transição para alimentos mais sólidos!
Não precisa ter medo. Aos poucos, substitua as frutas amassadas em papinhas doces e raspadas por porções picadas. Uma excelente opção é a salada de frutas cortada em cubinhos. Não desperdice a casca comestível de frutas como maçã e pera, pois quando cortadas em pedaços pequenos, são bem aceitas pelos bebês.
Quanto às verduras, ao invés dos purês e papinhas, ofereça hortaliças bem cozidas e refogadas com um pouco de cebola e salsa. Preparações feitas ao forno, sempre bem cozidas e oferecidas em pedaços, como por exemplo, abóbora e batata com azeite assadas são boas opções para evoluir o cardápio do seu filho. As carnes (frango, peixe, carne bovina) também devem ser bem cozidas e picadas várias vezes com o auxilio de um garfo e uma faca.
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Embora os dentes molares só apareçam entre um ano e meio e dois, os bebês conseguem mastigar a comida com a gengiva e dissolver quase que completamente o alimento. Muitas vezes eles gostam do alimento mais sólido para massagear a gengiva, que coça durante o crescimento dos dentes.
Seu filho pode apreciar segurar alimentos mais duros e ficar chupando. Não estimule essa habilidade com pães e biscoitos, aproveite para oferecer alimentos mais saudáveis como um palitinhos de cenoura, pepino, maçã ou manga.
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Fique por perto para seu filho não engasgar se algum pedaço maior entrar na garganta. E tenha cuidado com alimentos pequenos e redondos como uvas e amendoins, que devem ser oferecidos com um pouco com mais idade e sempre cortados.
Criando independência
É nessa fase que os bebês começam a gostar de manipular a comida. Estimule esse interesse pelos alimentos e não tenha medo de fazer um pouco de sujeira extra na hora da refeição. Deixe seu filho pegar os alimentos do prato enquanto come, mas sempre orientando-o a levar o alimento em direção a boca, pois caso contrário, ele pode entender que o alimento é mais um de seus brinquedos e achar engraçado jogar comida no chão. Aproveite para colocar no prato alimentos que ele consiga pegar com as mãos e levar diretamente a boca, como por exemplo, brócolis, couve flor, cenoura, milho e ervilha.
Neste período os bebês desenvolvem algumas habilidades e são capazes de se alimentarem sozinhos, embora sem muito sucesso na maioria das vezes. Estimule seu filho a segurar a colher e ajude-o a levar a comida até a boca. Em pouco tempo ele conseguirá acertar algumas colheradas. Para evitar que a refeição dure horas a fio e resulte em baixa ingestão de alimentos, o melhor a fazer é ter duas colheres. Assim, ele segura uma colher enquanto você o alimenta.
O leite materno ou a fórmula infantil ainda são uma importante parte da nutrição do bebê. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é oferecer o leite materno até os 2 anos de vida e quando isso não for possível, as fórmulas industrializadas são indicadas. No entanto, até o fim do primeiro ano de vida, os alimentos sólidos representarão uma parcela cada vez mais significativa na alimentação, atendendo cerca de 80% das necessidades calóricas diárias da criança.