Médico, nutrólogo e presidente da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;...
A prevalência da obesidade cresceu rapidamente e representa um dos principais desafios da saúde pública mundial neste início de século. Segundo o Ministério da Saúde, o excesso de peso e a obesidade têm aumentado no Brasil. Nos últimos 20 anos, o índice de crianças obesas aumentou 300%. Em 2006, por exemplo, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso, enquanto em 2011 as proporções passaram para 52,6% e 44,7%, respectivamente.
A prevalência da obesidade cresceu rapidamente e representa um dos principais desafios da saúde pública mundial neste início de século. Segundo o Ministério da Saúde, o excesso de peso e a obesidade têm aumentado no Brasil. Nos últimos 20 anos, o índice de crianças obesas aumentou 300%. Em 2006, por exemplo, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso, enquanto em 2011 as proporções passaram para 52,6% e 44,7%, respectivamente.
O processo de perda de peso é gradual, mas trabalhos científicos mostram que os pacientes que iniciam a dieta com uma rápida diminuição na balança, ficam mais estimulados a darem continuidade ao tratamento. É por isso que uma perda inicial mais rápida é considerada, atualmente, mais adequada. Depois dessa primeira fase, o resto do processo acontece gradativamente e de forma menos acentuada, mas não menos eficiente.
É importante ressaltar que esse processo de perda de peso não é tão fácil quanto parece, e que a composição corporal e o fator genético de cada paciente têm grande influência no emagrecimento. Não é qualquer pessoa que consegue emagrecer apenas com dieta alimentar e exercícios físicos, isso só ocorre com aquelas em que o componente genético não é relevante, o que significa que o ganho de peso súbito provocado por fatores etiológicos que não envolvem a expressão genética da obesidade.
O excesso de peso também não é apenas um reflexo dos maus hábitos alimentares e da falta de exercícios. Em pacientes em que o índice de massa corporal ultrapassa 30 kg/m2, existem grandes chances de que o emagrecimento não aconteça apenas com a mudança na dieta alimentar e atividades. É essencial, então, nesses casos, que se aplique o tratamento medicamentoso. Ele é eficaz e seguro, com o acompanhamento do especialista, e tem trazido resultados consideráveis para a diminuição da doença. Além disso, o obeso também pode recorrer à cirurgia bariátrica, quando essa se provar necessária.
Vale ressaltar ainda, que há um erro conceitual na compreensão da doença obesidade, pois nem todo obeso exagera na sua ingestão alimentar ou faz poucos exercícios. Nos casos desses pacientes, existem outros fatores responsáveis, e o principal deles é a genética. A obesidade é uma doença e um problema de saúde pública. Os pacientes com obesidades devem ser tratados, assim como aqueles com diabetes, hipertensão e outros portadores de doenças crônicas, que requerem tratamentos crônicos incluindo medicamentos e eventualmente cirurgias.
A atividade física e a alimentação balanceada são essenciais, não somente para os obesos, mas para todos. É preciso, entretanto, que haja outras opções de tratamentos, incluindo medicamentos inibidores de apetite que, ao longo de várias décadas de utilização, mostraram que têm muito mais benefícios do que riscos associados.