Graduada em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Sorocaba em 1980. Especialista em Pediatria pelo Conselho...
iNo consultório recebo pacientes de todas as idades, de zero a 90 anos. Em grande numero de vezes ouço o seguinte comentário: "Doutora, a homeopatia é minha última esperança, já tentei de tudo!".
Fico pensando nessa afirmação, na dificuldade que os pacientes têm em encontrar um caminho para restabelecimento de sua saúde. O adulto nos traz uma doença crônica (diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias, depressão) e esta é mesmo difícil de controlar e por vezes tem tanto tempo de evolução com diferentes tratamentos que se complica pegar a "ponta desse novelo".
Comparamos a doença de nosso paciente a uma cebola, colocando uma camada sobre a outra, encobrindo cada vez mais seu núcleo sadio, e quanto mais doença mais camadas. Quando começamos a tratar homeopaticamente, retiramos, isto é, tratamos cada camada que o paciente nos mostre até chegarmos o mais profundo, saudável, possível. Então, dá para compreender que vamos tratando até onde o corpo permite.
Em qualquer idade pode ser iniciado o tratamento homeopático, não há impedimentos e de forma geral há benefícios para o paciente. A adesão ao tratamento para quem sempre usou medicamentos alopáticos é de forma geral muito tranquila: fácil de tomar, baixo custo e o médico homeopata ouve muito, e é gratificante encontrar um profissional que nos ouça.
Pacientes vem até nós com tratamentos realizados anteriormente e existe sempre um lugar para a medicina bem feita, mas diferem da homeopatia pelo próprio princípio. O medicamento homeopático "carrega" com ele uma informação, a da doença. Chega então ao corpo e com a repetição do uso ele "ensina" o corpo a funcionar certinho. Partindo então dessa explicação, percebemos que quanto mais cedo iniciarmos o acompanhamento homeopático mais provável será o não adoecimento.
E como é uma consulta homeopática em crianças, por exemplo, bebês? A criança não comunica doenças de forma objetiva, a mãe e os familiares, são os "tradutores".
Além do motivo que o trouxe a uma consulta, condições de gestação e de parto, rotina, hábito alimentar, informações trazidas geralmente pela mãe, o pediatra experiente consegue em consulta captar as sutilezas em relação a condições de reatividade, calor, transpiração, sono, momentos de agravação, influências climáticas, choro. Valorizamos em uma consulta homeopática conflitos psíquicos que possam gerar situações de estresse, por exemplo, susto, sensação de abandono, ciúmes, entrada na escolinha, nascimento de irmãos.
Quando falamos em homeopatia vem a nossa mente crianças, ou pessoas que fazem o tratamento desde pequenas. O tratamento homeopático pode ser iniciado a qualquer momento de vida e em qualquer idade. Desde o uso para tratar uma doença física (rinite, bronquite. sinusites), ou uma doença psíquica (depressão, tensão pré-menstrual). Mas vocês repararam? A bronquite não é somente física, pois pode ser desencadeada por uma emoção. A mesma coisa em relação a TPM, que é psíquica, mas também física. E é quase sempre assim com nossos pacientes em uso de medicamento homeopático: tratamos as questões físicas e também as psíquicas.