Possui graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (1973) e doutorado em Faculdade de Medicina pela Faculdade...
iOs pólipos endometriais são uma das causas mais frequentes de sangramentos anormais tanto na pré como na pós-menopausa. No entanto, a maioria dos pólipos endometriais pode permanecer sem nenhum outro sintoma, sendo encontrados em exames ultrassonográficos realizados por outras causas. Eles se constituem de um crescimento anormal das glândulas endometriais e do estroma, formando uma projeção (um pólipo) na superfície interna do útero.
A maioria dos pólipos endometriais é benigna, mas pode ocorrer malignidade em algumas mulheres, por isso o diagnóstico preciso é importante.
Vários mecanismos moleculares têm sido propostos como tendo um papel no desenvolvimento dos pólipos endometriais, principalmente rearranjos em genes do grupo de alta motilidade (high-mobility group - HMG) que expressam fatores de transcrição.
Os pólipos endometriais são raros entre adolescentes e sua prevalência exata é difícil de ser estabelecida já que a maior parte deles permanece sem produzir sintomas. Por outro lado, em mulheres com sangramento genital anormal e que são submetidas à biópsia ou à retirado do útero (histerectomia), a prevalência de pólipos varia entre 10 e 24% dos casos.
Os fatores conhecidos de risco são a obesidade, o uso de estrógenos para reposição hormonal e o uso de tamoxifeno para o tratamento ou prevenção do câncer de mama. Os pólipos endometriais se desenvolvem em 2 a 36% das mulheres em tratamento com tamoxifeno.
Os pólipos endometriais são tipicamente identificados em associação com sangramentos uterinos anormais ou em casos de investigação por infertilidade. O sangramento uterino anormal ocorre em 64 a 88% das mulheres com pólipos endometriais, e mulheres com sangramento genital anormal precisam, obrigatoriamente ser investigadas para a presença de um câncer do endométrio.
Além do exame ginecológico, a ultrassonografia transvaginal é o principal método para avaliação uma vez que permite avaliar não só a cavidade uterina, mas também as trompas, ovários e região pélvica como um todo.
Nos casos em que o exame mostra suspeita de malignidade a histeroscopia com biópsia é fundamental e permitirá o diagnóstico de certeza. Aproximadamente 95% dos pólipos endometriais são benignos. Como foi dito, alguns pólipos podem representar apenas hiperplasia endometrial ou miomas pedunculados com crescimento intrauterino.
Os pólipos endometriais que causam sintomas devem ser removidos em todas as pacientes. A simples histeroscopia com biópsia do pólipo na maioria das vezes já é o próprio tratamento. No entanto, havendo diagnóstico de malignidade, a retirado do útero é a conduta mais apropriada.
Em resumo, o achado de um pólipo endometrial não é um achado grave, já que em 95% das vezes eles são benignos. No entanto, com existe um potencial para malignidade, principalmente se associados a sangramento vaginal, a maioria deles pode necessitar avaliação por histeroscopia e biópsia.
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